A Bíblia Sagrada, livro de fé e prática do cristianismo, a Palavra de Deus para a humanidade, o livro dos protestantes, também chamados crentes (hoje, eufemisticamente, chamam-se evangélicos) deve estar esquecido em alguma prateleira empoeirada. Há algumas décadas, o cristão era reconhecido nas ruas, porque - além da forma de se vestir (o que menos importa) - carregava uma Bíblia. Aliás, salvo engano meu, nessa época, no Rio de Janeiro, não havia evangélicos, havia os "bíblias". Entretanto, ela foi substituída pela invenção da cabeça e do coração de grande parte daqueles que, por conta própria, elevaram-se à condição de líderes.
Muitas das profecias relatadas nas páginas sagradas foram ditas para um dado momento histórico do povo de Israel, mas seu alcance se estende às sociedades atuais. Profetas falsos existiam naqueles séculos passados e existem em nossos dias.
O evangelho que se ouve na maioria dos eventos pode ser incluído naquele que o apóstolo Paulo recrimina, quando escreve aos gálatas. "Mas ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho, além do que já vos tenho anunciado, seja anátema" (Gálatas, 1. 8).
Chega a ser ridículo o abuso dos parapóstolos, parabispos, bispas, paramissionários ou parapastores (eles se autodenominam), na divulgação de suas feitiçarias, na forma de toalhinhas, fronhas, óleos sagrados, águas bentas e mezuzás. Toda essa parafernália não tem outra intenção, a não ser arrebanhar os incautos para os seus salões e arrancar-lhes o parco dinheirinho.
A arrecadação dessa caterva chega a ser tão grande, que lhes permite aquisição de empresas editoras e gravadoras, de aviões, de fazendas e dos automóveis mais sofisticados que existem.
Vendedores de sonhos! Falsos profetas, vendedores de fronhas, até quando abusarão da paciência de Deus? Até quando subjugarão multidões de pobres infelizes que jamais tiveram ou aceitaram ensino sobre a Palavra de Deus? Condutores malvados, não duvidem da brevidade de seu castigo.
Pastores sérios, vocacionados por Deus, igrejas sérias, obedientes à Bíblia, seguidoras de Cristo, não se conformem com essas práticas, evitem sua proximidade com essas práticas e intensifiquem a propagação do verdadeiro evangelho.
É fato. Mas professor, quando pior fica, melhor se torna. Explico: quanto mais escracham o ensino, mais nítida fica a diferença entre o que ser a Deus e o que não o serve.
ResponderExcluirObrigado por compartilhar a reflexão e pelo bom texto, sempre.