domingo, 3 de novembro de 2013

DE COMIDA PARA PEIXE A MISERICÓRDIA

Nessa semana finda, a sociedade brasileira ficou abismada com o pronunciamento de um vereador em uma cidade no Sul do Rio de Janeiro. Não há quem não comente a fala infeliz daquele edil: "Mendigo devia virar comida pra peixe". Um absurdo social!
É triste ver que o coração humano não é misericordioso. Como errou aquele representante de uma sociedade! Ele, que deveria preocupar-se com a situação de mendicância de seus correligionários, fala uma impropriedade dessa, demonstrando preconceito contra a situação social dos pobres.
Poderia eu perguntar: "Por que há mendigos? De quem é a culpa pela existência deles? Não são eles a parte menosprezada da nossa sociedade?" Mas, na verdade, meu viés é outro.

O vereador chorou, pediu desculpas publicamente; desculpou-se, declarando que cometera ato impensado. Ora, quem não comete ato impensado? Eu? Meu prezado leitor? Quem atira a primeira pedra? Quem atira? A própria sociedade!

Em plenário, quando pedia formalmente as desculpas, o vereador foi xingado, a sessão tornou-se um tumulto, uma baderna.
A conclusão óbvia é que, de fato, no coração humano não há misericórdia. Ninguém perdoa a ninguém, tal como fizeram os acusadores da mulher adúltera, trazida para julgamento diante de Jesus.
Ele, somente Ele, tinha perdão para a pobre mulher. Entretanto, nós, a nossa sociedade, que, nos declaramos seguidores de Cristo, não temos coração misericordioso. Não há misericórdia no ser humano; a menos que nos disponhamos ao verdadeiro cristianismo.

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