As pessoas menos favorecidas pela
escolaridade são, quase sempre, menos arrogantes em relação aos demais
indivíduos; por outro lado, é triste constatar o alto percentual de prepotência
e soberba nos detentores de escolaridade em nível superior. De onde vem essa
estupidez? Ainda queima sob cinzas o velho preconceito do “sabe com quem está
falando?”, porque somos um país de cultura colonial; sem passado ético,
geneticamente grosseiro; em nossas raízes está a antipática noção de senhores e
vassalos; ainda existem a “sinhazinha” e o “sinhozinho”, de um lado, e o “moleque”,
de outro; o que é, neste século, um absurdo.
O arrogante não avalia bem o seu
interlocutor: acha-se no degrau de cima; não aceita ponto de vista contrário à
sua mediocridade, julga-se o mais bem preparado e inteligente dentre as
pessoas. Nesta mesma semana passei por esse desconforto.
Um “post” no “facebook” exalava
enorme prepotência de uma profissional de “nível superior”, tida como defensora
de um ideal e pretensa candidata a cargo político. Fique claro que defendo o
mesmo ideal, mas declino do meu apoio político a partir desse evento que relato.
Aqui, a referência não é o ideal defendido; é a forma petulante usada pela profissional
de “nível superior”.
Foi tão agressiva a forma de ela
expor seu ponto de vista, que me vi obrigado a refutá-la, obviamente, da
maneira mais educada. Minha gota d’água foi suficiente para eu receber uma
tempestade de ofensas. Pior: a tal profissional de “nível superior” atua numa
área que cuida do comportamento humano! Entre as ofensas que ela proferiu do
alto da sua arrogância, fui obrigado a aprender que ela “tem pavio curto”
(sic). Pavio curto em profissional que cuida de comportamento?!
Não satisfeita, a mal-educada
profissional “de nível superior” excluiu-me de sua lista, antes que nos
entendêssemos. Provavelmente isso aconteceu porque a soberba entupiu-lhe o
lugar do bom senso, apagando-lhe a possibilidade de dialogar.
Caso aquela minha interlocutora
(?) não fosse uma pessoa de “nível superior” talvez usasse expressões mais
elegantes e inteligentes para discutir um ponto de vista. Pena! Mas, de fato, eu
“não sabia com quem estava falando”. Agora sei!
Infelizmente, certas pessoas (não generalizando) jamais deveriam chegar a determinadas posições e postos. A empáfia domina-lhes de tal maneira a mente que, quando abrem a boca, a "garganta é um sepulcro aberto". Daí exalarem os maus odores de uma mente medíocre e apequenada por uma falsa sapiência. A verdadeira sabedoria é apresentada por Tiago - "Mas a sabedoria que do alto vem é, primeiramente pura, depois pacífica, moderada, tratável, cheia de misericórdia e de bons frutos, sem parcialidade, e sem hipocrisia" Tg 3:17. Mas o que fazer com que pensa que sabe quando nada sabe? O que fazer com quem pensa que é quando não passa de um caco de barro, conforme Isaías revela - Is 45:9? Certamente que para esse tipo de gente só mesmo Deus para entender e tratar como é preciso. Grande abraço.
ResponderExcluir