Acabo de ler no “face” um texto publicado pelo Pr. Renato Vargens. O referido pastor, homem equilibrado, sério e atento à Palavra de Deus (sobre um pastor não seria necessária tal informação; mas vivemos outros tempos, infelizmente) comenta uma reportagem publicada a respeito da chamada Marcha para Jesus.
Em seu texto, Renato Vargens verifica — com base nas entrevistas publicadas — entre os participantes da Marcha um comportamento “evangélico” que em nada difere dos romeiros que irão à cidade de Aparecida no próximo dia 12 de outubro. Para os crentes isso é estarrecedor!
Começa a semelhança pelos amuletos vendidos: os católicos romanos compram entre outras coisas: camisetas com estampas alusivas à data, imagens de santos, garrafas com água benta, etc., etc. Os “marchadores” adquirem palmilha apostólica (!), camisetas, tiaras, fotos do “papai e da mamãe” Hernandes, CDs, entre bugigangas mil.
O pior disso tudo são as declarações, ditas testemunhos (alguém, ironicamente, já chamou de tristemunhos). Houve quem afirmasse ter ido ao evento para agradecer a “graça alcançada” nos eventos anteriores; houve que fosse pedir uma “benção” ou “milagre” e assim por diante. Não é um anteprojeto do próximo 12 de outubro mesmo?
A mim, chamou-me a atenção o que disse ao Jornal Global; alguém identificado como R. S., 25 anos, casado, vendedor: “É um dia dos 365 dias que tiramos para Deus. Valeu a pena”.
Pobre rapaz! Ele só tira um dia, no ano, para apresentar-se a Deus. Com quem ele conviverá os outros 364?
A realidade evangélica brasileira carece de mudanças urgentes. Claro que não serão mudanças organizadas pelo homem: creio que o próprio Senhor a fará. Entretanto, é necessário que se levantem fiéis em oração para que Deus abrevie sua operação neste país. Precisamos de AVIVAMENTO, senão de RENASCIMENTO ESPIRITUAL!
É lamentável o estado de ignorância bíblica no meio dos que outrora eram chamados “os bíblias”, por onde passavam. As Escolas dominicais estão desaparecendo; as pregações cristocêntricas (peguei esse adjetivo excelente do Pr. Ciro Sanches Zibordi) deram lugar aos “recebaaaaaa!”; os hinos cristãos cujas letras são mensagem para a alma deram lugar às apresentações de “cantores” que propagam descalabros teológicos com frases descabidas, cunhadas num linguajar deselegante e irreverente. Isso, para não se falar irreverentemente em “reteté”! Hoje já há quem se intitule desavergonhadamente “o maior avivalista do século”, junto com “o Davi do século XXI”. Meu Deus!
Dessa forma, não há o que se esperar de uma população que vai às ruas para usar a “palmilha apostólica”; que vai aos galpões à procura de “toalhinha milagrosa”; que anda à caça de “rosa ungida”; do “azeite de Israel” (?); e que leva automóvel e chave de casa para serem “ungidos” (benzidos)! Por fim, essas mesmas pessoas estão, domingo a domingo, peregrinando pelas igrejas à procura de quem lhes ofereça mais vantagens.
Os crentes sadios, que, como os de Bereia, buscam nas Escrituras a validação de seu ensino, estão horrorizados com estes tempos. Talvez estas linhas sirvam para conclamá-los à oração e ao trabalho unânime, para que o Senhor nosso Deus interfira no caminhar do seu povo.
A Marcha tinha como objetivo reunir o povo de Deus para oração e proclamação do nome de Jesus, num país católico, onde o crente não tinha vez e era perseguido. Se a Marcha não é mais o que era é devido aos seus organizadores que perderam o rumo. Creio que a maioria das pessoas que vai lá tem o intuito de louvar ao Senhor. Se enganos estão sendo notados dentre o povo, parte disso é culpa de cada um que não EXAMINA as Escrituras, e parte das lideranças que, para "encher" suas igrejas, não ensinam o verdadeiro Evangelho ou estão cegos pelo engano também. É, precisamos jejuar e orar pelo Brasil e rogar a Deus misericórdia para que não pereçamos por falta de conhecimento do Senhor.
ResponderExcluir