Leitura: 2Timóteo 3. 2-5:
“Saiba,
entretanto, disto: nos últimos dias sobrevirão tempos terríveis. Os homens
amarão a si mesmos, serão ainda mais gananciosos, arrogantes, presunçosos,
blasfemos, desrespeitosos aos pais, ingratos e ímpios; sem amor, incapazes de
perdoar, caluniadores, sem domínio próprio, cruéis, inimigos do bem; traidores,
inconsequentes, orgulhosos, mais amigos dos prazeres do que amigos de Deus. Com
aparência de piedade, todavia, negando o seu real poder. Afaste-se desses
também.”
“Então, Jesus
declarou aos seus discípulos: É inevitável que fatos ocorram que levem o povo a
tropeçar na fé; mas, ai da pessoa por meio de quem vêm os escândalos!” (Lc
17. 1. KJA)
A palavra escândalo
tem origem grega, e nos chegou pelo latim; ela se aplica, em nossa língua, ao
sentido de algo que causa uma interrupção brusca da normalidade, de um conceito
social tido e aceito como imutável. O escândalo é uma das práticas inconsequentes
e desastrosas, próprias dos indivíduos “amantes de si mesmos”; são pessoas que
procuram satisfazer os seus próprios interesses, de modo explícito; mas,
geralmente com sutileza, para não levantarem suspeitas de suas intenções, sem
qualquer respeito pelos circunstantes.
O escândalo constitui um incidente terrivelmente
ofensivo a um contexto garantidor de uma cosmovisão aceita e estabelecida. O
escândalo fere a ética, abala a moral e, em geral, destroça a fé daqueles a
quem atinge.
Essa última consequência é gravíssima, porque,
ultrapassando os limites da vida terrena, pode destroçar a vida espiritual de muitos
ingênuos, sem conhecimento bíblico. O escândalo é capaz de trazer à existência
o desânimo, a tentação da fuga e a deserção daquilo que parecia estar
consolidado.
Não sem motivo, o Senhor Jesus alertou sobre essa
ocorrência tão peculiar àqueles a quem Paulo classificou como pessoas
perniciosas, que viveriam, em escala crescente, nestes tempos trabalhosos. Essas
pessoas pecaminosas têm causado escândalos, os mais perniciosos;
principalmente, por serem os tais, ocupantes das funções mais destacadas na
obra do Senhor. Quantos dos que se intitulam “homens de Deus” têm trazido
incalculáveis prejuízos ao evangelho! Em nossos dias, o assunto é recorrente, e
“prato cheio” para uma mídia vulturina.
Esta mensagem não pretende apenas apontar as evidências
tão desastrosas no seio da igreja atual; mas, encorajar aqueles que se prendem
a algo, já previsto pelo próprio Senhor Jesus: “haverá escândalos!”, e eles
serão crescentes. Ap 22. 11 (KJA) alerta: “Ora,
quem é injusto continue na injustiça; quem é mundano continue na impureza; mas,
quem é justo firme-se na prática da justiça; e quem é santo continue a buscar a
santificação.”
Finalizo, dizendo: - Diante dessa clara separação
entre os praticantes do bem e os que optam pelo envolvimento em escândalos, a
orientação bíblica não é escandalizar-se e abandonar a carreira! É prosseguir,
como diz o apóstolo Paulo:
“Contudo,
caminhemos na medida da perfeição que já atingimos. Caros irmãos, sejam meus
imitadores, e prestem atenção nos que caminham de acordo com o padrão de
comportamento que temos vivido. Porquanto, já os adverti repetidas vezes, e
agora repito com lágrimas nos olhos, que há muitos que vivem como inimigos da
cruz de Cristo. O fim dessas pessoas é a perdição; o deus deles é o estômago; e
o orgulho que eles ostentam fundamenta-se no que é vergonhoso; eles se
preocupam apenas com o que é terreno. No entanto, a nossa cidadania é dos céus,
de onde aguardamos com grande expectativa o Salvador, o Senhor Jesus Cristo...”
(Fp 3. 16-20. KJA).
Prossigamos!