quinta-feira, 1 de maio de 2025

JESUS, REI E SENHOR, O ALFA E O ÔMEGA

 


 




Introdução

Recentemente, o Senhor Jesus me permitiu a oportunidade de trazer uma meditação a respeito de uma pergunta que Ele fez aos seus discípulos: “Quem dizem os homens que eu sou?” Mas, parece evidente que a intenção de Jesus era estimular uma proclamação clara, da parte dos seus discípulos: “E vocês, o que dizem?

Necessariamente, todos nós precisamos verbalizar a nossa confissão de fé, como diz o apóstolo Paulo:

 

Se com a sua boca, você confessar que Jesus é o Senhor e crer no seu coração que Deus o ressuscitou dos mortos, serás salvo. Porque com o coração se crê para a justiça, e com a boca se faz confissão para a Salvação”.

 

Novamente, o Senhor me leva a conferir com os irmãos, nas Páginas Sagradas, algumas preciosas informações a respeito do nosso maravilhoso Redentor, o Senhor Jesus Cristo, o qual se deu em sacrifício vicário, na cruz, em nosso lugar. Porém, a morte não o derrotou, pois Ele ressuscitou no terceiro dia, vencendo a morte.

Por isso, nós, alegremente, cumprimos a sua ordenança, na celebração da Ceia do Senhor, como memorial, que é, da sua morte e da sua vitória que nos resgata do vil pecado, que leva o descrente à morte eterna! Assim, glorificamos o Cristo, o Cordeiro de Deus, ressurreto, por intermédio de quem nós recebemos o dom da vida eterna. Nós sabemos, de fato, quem é Jesus? Leiamos Hebreus 3. 1-6

                                         

1.               JESUS SE IDENTIFICA COMO O ALFA E O ÔMEGA NO ANTIGO TESTAMENTO.

Os textos do Antigo Testamento não estão relacionados à língua grega. O Antigo Testamento foi escrito no idioma hebraico, e em parte, no aramaico; porém, essa particularidade linguística e cultural marcada pelos séculos, não frustra a verdadeira expressão da Triunidade e da Eternidade Divinas. Deus é triúno e sempiterno! A Eterna Divindade do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo é indiscutível! A sua absoluta anterioridade, bem como a sua absoluta posteridade, se registram em toda a Bíblia Sagrada, desde o Gênesis até o Apocalipse. Dessa maneira, o Divino Alfa e Ômega está reconhecido, também, nas páginas do Antigo Testamento:

 

Isaías 41. 4: “... Quem operou e fez isto, chamando as gerações, desde o princípio? Eu o Senhor, o primeiro e com os últimos, eu mesmo.

44. 6: “Assim diz o Senhor, Rei de Israel e seu Redentor, o Senhor dos Exércitos: Eu sou o primeiro e eu sou o último, e fora de mim não há Deus.”

48. 12: “Dá-me ouvidos, ó Jacó, e tu, ó Israel, a quem chamei; eu sou o mesmo, eu o primeiro; eu, também, o último”.

 

2.                JESUS É O VERBO QUE SE FEZ HOMEM E HABITOU ENTRE NÓS

 

Primeira de João 1.1-3: “O que era desde o princípio, o que ouvimos, o que vimos com os nossos olhos, o que temos contemplado e as nossas mãos tocaram da Palavra da vida (porque a vida foi manifestada, e nós a vimos, e testificamos dela e vos anunciamos a vida eterna que estava com o Pai, e nos foi manifestada); o que vimos e ouvimos, isso vos anunciamos, para que também tenhais comunhão conosco; e a nossa comunhão é com o Pai e com seu Filho, Jesus Cristo.

Evangelho de João 1. 1-3: “No princípio, era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas fora feitas por ele e, sem ele nada do que foi feito se fez.

João 1. 14: “E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do Unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade”.

 

 

 

 

3.               JESUS É O CORDEIRO DE DEUS QUE TIRA O PECADO DO MUNDO

 

Isaías 53. 7: “Ele foi oprimido e afligido, mas não abriu a sua boca; como um cordeiro foi levado ao matadouro, e como a ovelha muda perante os seus tosquiadores, assim ele não abriu a sua boca. (v. 10) Todavia, ao Senhor agradou moê-lo, fazendo-o enfermar; quando a sua alma se puser por expiação do pecado, verta a sua posteridade, prolongará os seus dias e o bom prazer do Senhor prosperará na sua mão.”

João 1. 29: “No dia seguinte, João viu a Jesus, que vinha para ele, e disse: “Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo”.

 

4.               PEDRO CONFESSA, PELO ESPÍRITO: “TU ÉS O CRISTO, FILHO DO DEUS VIVO”

 

O Espírito Santo inspirou o apóstolo Pedro para que ele confessasse a identificação do Senhor Jesus, como o Divino Filho do Altíssimo Deus. Podemos compreender que naquela declaração, divinamente inspirada, estava a grande mensagem de Salvação: “Tu és o Cristo”! Isto é “Tu és o Ungido de Deus Pai”. Jesus veio ao mundo para salvar, pelo seu sacrifício vicário e por sua bendita ressurreição, todos quantos nele creem!

É notório e importante verificar que Deus o Pai, fez de José e Maria, um casal ainda em fase de noivado, os responsáveis terrenos por Jesus, o Homem Deus. Por isso, não foi permitido que eles escolhessem o nome da criança que viria ao mundo; aquele filho não era geração deles! (Lc 1. 27-31). Eles foram instrumentos de Deus para a vinda do Santo Filho a este mundo! Então, um anjo lhes trouxe uma determinação celestial: “(E) Maria dará à luz um filho e chamarás o seu nome JESUS, porque ele salvará o seu povo dos seus pecados.” (Mt 1. 21; Lc 1. 31-33) O evangelista Lucas esclarece em 1. 32: “Ele será grande, e será chamado Filho do Altíssimo;...” (não disse: “Ele será chamado filho de Maria!) Jesus é o Poder de Deus para redenção do homem “destituído da glória de Deus” (Rm 3.23), porque Ele é o Poderoso Filho do Altíssimo!

 

5.               JESUS SE IDENTIFICA A SI MESMO: ALFA E ÔMEGA

A palavra grega, alfabeto, por comodidade semântica, é usada para indicar o conjunto das letras, as quais se usam para representar os  unitários da fala em diversos idiomas.

Mas o que, de fato, nos importa é o sentido do recurso de linguagem, chamado metonímia, apreendido no texto bíblico do Novo Testamento. Metonímia é a substituição de uma palavra por outra, entre as quais haja uma proximidade de sentido. Assim, a palavra alfa, nome da primeira letra do alfabeto grego, gera a metonímia ao indicar aquele que não tem nenhum precedente, o que está antes de tudo. Por sua vez, ômega é metonímia que indica o que encerra, o último. Jesus é absolutamente o Primeiro, e absolutamente o Último, em todas as coisas. Jesus é a fonte incriada e o destino intransponível de tudo. Ele é o Criador, o Autor e, também, o Consumador de todas as coisas. (2Pe 3. 7-10)

 

ELE É O ALFA:

Apocalipse 1.8:

 Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim, diz o Senhor, que é, e que era, e que há de vir, o Todo-Poderoso”.

22. 12-13: “Eis que cedo venho, e o meu galardão está comigo, para dar a cada um segundo a sua obra. Eu sou o Alfa e o ômega, o princípio e o fim, o primeiro e o derradeiro”.

João 1.2-3: “Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por Ele, e, sem Ele, nada do que foi feito se fez”.

 

ELE É O ÔMEGA:

 

Filipenses 2. 9-11

Por isso, também Deus o exaltou soberanamente, e lhe deu um nome que é sobre todo nome; para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra. E toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para a glória de Deus Pai.”

 

6.               JESUS É REI E SENHOR

 

Porque convinha que aquele, para quem são todas as coisas, e mediante quem tudo existe, trazendo muitos filhos à glória, consagrasse pelas aflições o príncipe da salvação deles. Porque, assim o que santifica como os que são santificados são todos de um, por cuja causa não se envergonha de lhes chamar de irmãos, dizendo: Anunciarei o teu nome a meus irmãos. Cantar-te-ei louvores no meio da congregação. E, outra vez: ‘Porei nele a minha confiança. E outra vez: ‘Eis-me aqui, a mim, e aos filhos que Deus me deu. E, visto como os filhos participam da carne e do sangue, também ele participou das mesmas coisas, para que pela morte, aniquilasse o que tinha o império da morte; isto é, o diabo. E livrasse todos os que, com medo da morte, estavam por toda a vida sujeitos à servidão. Porque, na verdade, ele não tomou os anjos, mas tomou a descendência de Abraão; porque convinha que em tudo fosse semelhante aos irmãos, para ser misericordioso e fiel sumo sacerdote naquilo que é de Deus, para expiar os pecados do povo. Porque, naquilo que ele mesmo, sendo tentado, padeceu, pode socorrer aos que são tentados.” (Hebreus 2. 10-18) Amém!

 

terça-feira, 25 de fevereiro de 2025

JESUS CRISTO É O SENHOR

 







 


O Brasil já foi conhecido como uma nação religiosamente cristã, em sua maioria. Isto é, uma população adepta de práticas religiosas ditas cristãs. Os dois maiores grupos religiosos que marcam a presença do cristianismo, em solo brasileiro, são o catolicismo romano e o evangelicalismo; entenda-se nisto, o protestantismo clássico, o pentecostalismo clássico e o neopentecostalismo.

No ano de 2021, o Censo indicava que 79% dos brasileiros se declaravam cristãos, ou seja, numa população (total) de 212 milhões e 700 mil indivíduos, 172 milhões e 300 mil pessoas, declararam-se cristãs; entre elas, 108 milhões e 500 mil, disseram-se católicos.

Entretanto, é necessário ressaltar que uma coisa é confessar pertencimento a uma “religião cristã”; outra coisa é ser realmente “cristão”.

 

... Em Antioquia, os discípulos foram, pela primeira vez, chamados cristãos.”

 

         Infelizmente, parece que boa parte dos cristãos brasileiros está muito distante da fé que confessavam aqueles discípulos. Há, portanto, alguma(s) variante(s) do que seja o cristianismo verdadeiro.

         O cristianismo verdadeiro nasce no arrependimento das práticas de uma vida distanciada das Escrituras Sagradas e na obediência à própria base para alguém se tornar, de fato cristão.

 

Se você confessar com a sua boca que Jesus é Senhor e crer em seu coração que Deus o ressuscitou de entre os mortos será salvo; pois, com o coração se crê para a justiça e com a boca se confessa para a Salvação...” (Rm 10. 9-10)

 

O pseudocrístão aceita a noção de que Jesus Cristo como Senhor. Porém, não adianta esse reconhecimento, sem que o tenha, de fato como “seu Senhor”. Quem está sob senhorio, necessariamente, obedece a quem o tem por Senhor.

Por que vocês me chamam ‘Senhor! Senhor!’, se não fazem o que Eu digo?” (Lc 6. 46)

 

O apóstolo Paulo ensina que Deus, o Pai, exaltou o seu Filho, Jesus Cristo, “à mais alta posição e lhe deu o Nome que está acima de todo nome...

 

"... para que, ao Nome de Jesus se dobre todo joelho, no céu, na terra e debaixo da terra; e toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus Pai."

(Epístola aos Filipenses 2. 10-11).

 

Diz-nos o próprio Senhor Jesus”

 

"Nem todo o que me diz: 'Senhor, Senhor!' entrará no Reino dos céus; mas, somente aqueles que fazem a vontade do meu Pai, que está nos céus." (Mt 7. 21)

 

Na epístola que Paulo enviou aos crentes, na cidade de Filipos, há um registro maravilhoso do caráter admiravelmente íntegro da Pessoa de Jesus Cristo, que é a Segunda Pessoa da Trindade (a qual Trindade constitui o Deus único e único Deus).

Ele se propôs, num consentimento de obediente ao Pai, cumprir o plano divino da Salvação, desde antes da fundação do mundo. Para tanto, por sua obediência, humilhou-se de tal maneira, que deixando toda a glória que tinha junto ao Pai, assumiu a vida humana, submetendo-se à vileza dos próprios homens. Ele não veio buscar, nem oferecer bens terrenos; Ele não tinha aparência atraente (Is 53. 2b-3), não teve apoio, sequer, de um reles ser humano (Mt 27. 44). Ele se tornou "o mais indigno entre os homens" (Is 53. 3-5); suportando, por fim, a forma de morte mais cruel, destinada aos piores indivíduos daquela sociedade: a crucificação. 

Se essa triste história terminasse numa sepultura, seria inútil a nossa fé! Mas o sepulcro lacrado não o segurou! Jesus, o nosso Deus e Senhor, ressurgiu; apesar do espanto daqueles que vigiavam o túmulo e da incredulidade mostrada por Tomé.

Que importa a incredulidade de muitos contemporâneos nossos? Jesus ressuscitou gloriosamente! Ele venceu a morte! A Ele, todo joelho se dobrará, no céu, na terra e embaixo da terra; não houve, não há, nem haverá um só ser que, um dia, não tenha que declarar o total senhorio de Cristo Jesus, para a glória de Deus Pai.

 

 

quinta-feira, 28 de novembro de 2024

NEOPENTECOSTALISMO NÃO É PENTECOSTALISMO

 




 

 

O neopentecostalismo, sobretudo, o praticado em um sistema religioso de grande porte no Brasil, apresenta evidentes marcas de uma falsa teologia pneumatológica pentecostal. Pneumatologia é a secção da Teologia Sistemática, que se dedica ao estudo sobre a Pessoa do Espírito Santo e sua atuação pública na Igreja de Cristo Jesus (Jo 14. 16; 26), a partir do evento de Pentecostes (At 2. 1-8; 1Co 14. 2). Qualquer sistema que se entenda como parte da fé cristã ou qualquer prática nessa área serão falsos, se os princípios que defendem estiverem em desacordo com a doutrina das Escrituras Sagradas.

Se partirmos do ponto de vista da falsa doutrina "pentecostal" adotada pela organização aqui indicada, e por outras congêneres, também se torna imprópria a sua classificação como "ramo neopentecostal”, pelo simples fato lógico de que não pode haver um novo pentecostalismo, nem jamais ocorreu um movimento pentecostal (do Espírito) em substituição ao relatado em Atos 2. Concluo, então, que todo movimento dito neopentecostal é falso.

Essa falsa onda comete o gravíssimo erro, uma heresia imperdoável, de atribuir à Terceira Pessoa da Trindade o papel de “presentear”, com todas as mais cobiçadas benesses materiais, o contribuinte interessado. Assim, multidões dos que, relaxadamente, não buscam o conhecimento da Palavra de Deus afogam-se nesse sistema herético que se diz cristão.

A verdadeira Igreja de Cristo não pode manter-se nessa tolerância silenciosa; ela não pode fingir que há nessa tolerância o evangelho do qual Paulo não se envergonhou (Rm 1. 16). Também não pode fingir que desconhece essas práticas de “outro evangelho”, que o apóstolo Paulo classifica como anátema (Gl 1. 8; 2Co 11.3-4).

Não há tempo que o povo de Deus possa desperdiçar numa vã maneira de viver, porquanto, ainda, a colheita a ser feita é grande, mas os trabalhadores continuam poucos (Mt 9. 37-38). Isso significa que a Igreja precisa trabalhar sem desperdiçar o tempo (Ef 5. 15-20), com inteligência espiritual (Fp 1. 9-11; Cl 1. 9; IIPe 1. 5-8).

Portanto, a Igreja deste século deve permanecer na luta contra o pecado que procura aninhar-se perto dela (Hb 12. 1), mas também, contra a iniquidade deste mundo (Ef 6. 12), e perseverar firmemente na recusa de toda forma de cristianismo que não tenha o respaldo das Sagradas Escrituras.  

 

terça-feira, 19 de novembro de 2024

O ESCÂNDALO É PAI DA DESCRENÇA “Agora não sejas um incrédulo, mas crente.” (Jesus, Jo 20. 27 - KJA)

 



Leitura: 2Timóteo 3. 2-5:

 

“Saiba, entretanto, disto: nos últimos dias sobrevirão tempos terríveis. Os homens amarão a si mesmos, serão ainda mais gananciosos, arrogantes, presunçosos, blasfemos, desrespeitosos aos pais, ingratos e ímpios; sem amor, incapazes de perdoar, caluniadores, sem domínio próprio, cruéis, inimigos do bem; traidores, inconsequentes, orgulhosos, mais amigos dos prazeres do que amigos de Deus. Com aparência de piedade, todavia, negando o seu real poder. Afaste-se desses também.”

 

 Então, Jesus declarou aos seus discípulos: É inevitável que fatos ocorram que levem o povo a tropeçar na fé; mas, ai da pessoa por meio de quem vêm os escândalos!” (Lc 17. 1. KJA)

  

A palavra escândalo tem origem grega, e nos chegou pelo latim; ela se aplica, em nossa língua, ao sentido de algo que causa uma interrupção brusca da normalidade, de um conceito social tido e aceito como imutável. O escândalo é uma das práticas inconsequentes e desastrosas, próprias dos indivíduos “amantes de si mesmos”; são pessoas que procuram satisfazer os seus próprios interesses, de modo explícito; mas, geralmente com sutileza, para não levantarem suspeitas de suas intenções, sem qualquer respeito pelos circunstantes.

O escândalo constitui um incidente terrivelmente ofensivo a um contexto garantidor de uma cosmovisão aceita e estabelecida. O escândalo fere a ética, abala a moral e, em geral, destroça a fé daqueles a quem atinge.

Essa última consequência é gravíssima, porque, ultrapassando os limites da vida terrena, pode destroçar a vida espiritual de muitos ingênuos, sem conhecimento bíblico. O escândalo é capaz de trazer à existência o desânimo, a tentação da fuga e a deserção daquilo que parecia estar consolidado.

Não sem motivo, o Senhor Jesus alertou sobre essa ocorrência tão peculiar àqueles a quem Paulo classificou como pessoas perniciosas, que viveriam, em escala crescente, nestes tempos trabalhosos. Essas pessoas pecaminosas têm causado escândalos, os mais perniciosos; principalmente, por serem os tais, ocupantes das funções mais destacadas na obra do Senhor. Quantos dos que se intitulam “homens de Deus” têm trazido incalculáveis prejuízos ao evangelho! Em nossos dias, o assunto é recorrente, e “prato cheio” para uma mídia vulturina.

Esta mensagem não pretende apenas apontar as evidências tão desastrosas no seio da igreja atual; mas, encorajar aqueles que se prendem a algo, já previsto pelo próprio Senhor Jesus: “haverá escândalos!”, e eles serão crescentes. Ap 22. 11 (KJA) alerta: “Ora, quem é injusto continue na injustiça; quem é mundano continue na impureza; mas, quem é justo firme-se na prática da justiça; e quem é santo continue a buscar a santificação.”

Finalizo, dizendo: - Diante dessa clara separação entre os praticantes do bem e os que optam pelo envolvimento em escândalos, a orientação bíblica não é escandalizar-se e abandonar a carreira! É prosseguir, como diz o apóstolo Paulo:

 

Contudo, caminhemos na medida da perfeição que já atingimos. Caros irmãos, sejam meus imitadores, e prestem atenção nos que caminham de acordo com o padrão de comportamento que temos vivido. Porquanto, já os adverti repetidas vezes, e agora repito com lágrimas nos olhos, que há muitos que vivem como inimigos da cruz de Cristo. O fim dessas pessoas é a perdição; o deus deles é o estômago; e o orgulho que eles ostentam fundamenta-se no que é vergonhoso; eles se preocupam apenas com o que é terreno. No entanto, a nossa cidadania é dos céus, de onde aguardamos com grande expectativa o Salvador, o Senhor Jesus Cristo...” (Fp 3. 16-20. KJA).

Prossigamos! 

 

                                                                                                                                             

                                                                                                                                             

 

sexta-feira, 8 de novembro de 2024

A PROMESSA DE PERDÃO AOS ARREPENDIDOS

 


Leitura: 2 Cr 7.14

 

Introdução

            Uma das preocupações da Igreja fiel deste tempo é a decadência espiritual de um grande número de pessoas, que deixaram esfriar a fé, a vida espiritual e, consequentemente, o amor pelo trabalho na obra do Mestre. Pouco a pouco, tornaram-se como a igreja de Éfeso, aquela igreja cujas características de fidelidade foram elogiadas pelo Senhor, porém, pelo descuido, esfriava, arrefecia no amor. Aqueles crentes foram repreendidos, para que se lembrassem do primeiro amor e retornassem à obediência. (Ap 2. 1.7)

            Em nossos dias, a Igreja de Cristo tem os olhos voltados para a derrocada deste mundo; e não poucos crentes ficam estarrecidos com o crescimento da impiedade entre os homens, sem que lhes venha à mente tudo quanto o Senhor Jesus e os apóstolos ensinaram sobre os tempos do fim. O que ocorre lá fora não são sinais para nos assustar, mas para nos indicar que não está longe o momento da Redenção da Igreja. O que, de fato deve preocupar-nos é o esfriamento espiritual dos crentes, a atenção dada às heresias mais inusitadas, os escândalos dentro das igrejas, entre outros acontecimentos até ruidosos. Hoje é preciso um tempo para pregar “aos crentes”.

 

A IGREJA PRECISA DE ARREPENDIMENTO, DE CONVERSÃO E DE ORAÇÃO

 

            O profeta Jonas foi enviado para pregar numa cidade incrédula e pecaminosa; eles desconheciam absolutamente o Deus de Israel. O próprio profeta julgou Nínive como um antro de pecadores, a quem a Palavra de Deus não deveria ser anunciada. Essa atitude causou-lhe dissabores, até que foi obrigado por Deus a levar uma profecia de castigo divino.

            Contrariando a expectativa do profeta, todo o povo se arrependeu, a partir do rei e dos grandes de seu palácio. O Senhor ouve o clamor dos que se arrependem com sinceridade. Jonas 3. 1-10.

            É triste perceber que entre os crentes parece não haver arrependimento e conversão sinceros; a maioria das pessoas busca nas denominações e nos templos a satisfação de seus interesses materiais: festas, comemorações, endeusamento de líderes..., enquanto, uma capa de cristianismo as conduz à perdição.

            São muitos os que se atrevem a pregar ao mundo uma mensagem avessa àquela pregada pelos profetas e pelos apóstolos, porque já não há proximidade com o poder de Deus. Paulo disse não se envergonhar do evangelho e explicou a razão dessa ousadia: o evangelho é poder de Deus. (Rm 1.16). Crente em processo de esfriamento comunga com as coisas deste mundo, por isso já não reconhece o poder do evangelho.

            Hoje, precisamos “evangelizar os crentes”, pregar-lhes sobre a separação do mundanismo, levá-los à oração e ao estudo da Palavra. Canta-se demasiadamente nos cultos, fazem-se apresentações teatrais para distrair uma platéia; mas a palavra de pregação, além de fraca no conteúdo e na forma de exposição tem um tempo mínimo. Os crentes já não se preparam para cultuar ao Senhor; ir à igreja virou um hábito semanal, sem influência na vida do crente.

 

Conclusão

 

Sejamos como o povo de Nínive, demonstremos o nosso arrependimento sincero com jejuns, humildade máxima, e orações. Talvez, o Senhor Deus tenha misericórdia de nós e abençoe o nosso chão, a nossa casa, a nossa família, enquanto o mundo caminha para a destruição.

Talvez o nosso arrependimento e consagração leve os que estão frios e os que andam mergulhados na perdição também se arrependam e haja grande colheita para o Reino Celestial.

 

domingo, 3 de novembro de 2024

SANTIDADE: UMA REIVINDICAÇÃO DIVINA

 







Texto para meditação: 1Pedro 1. 13-23

 

Introdução

 

O apóstolo Pedro inicia a sua Primeira Epístola, fazendo referência aos seus destinatários: os judeus crentes dispersos por vários lugares e atribulados por perseguições e outros dissabores. A eles o apóstolo envia uma amorosa saudação: “Graça e paz lhes sejam multiplicadas.” (vv.1-2).

Preocupado, o apóstolo glorifica o Senhor pela Salvação, por meio da qual entendemos que o crente, em termos da redenção, não é recondicionado, não passa por uma reforma, mas, é gerado uma nova criatura, para ter uma viva esperança que vem por causa da ressurreição do Senhor Jesus Cristo; por isso, os eventuais sofrimentos terrenos devem ser vistos com prova da fé, a fim de que glorifiquem a Deus. Pedro anima aqueles crentes com o mesmo interesse com que Paulo, mais tarde, escreveria aos Romanos:

 

Sendo, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo, pelo qual também temos entrada, pela fé, a esta graça, na qual estamos firmes e nos gloriamos na esperança da glória de Deus. E não somente isto, mas também nos gloriamos nas tribulações, sabendo que a tribulação produz a paciência, e a paciência, a experiência, e a experiência, a esperança.” (Rm 5. 1-6)

 

os crentes a quem Pedro se dirigiu, por estarem dispersos, sofriam as angústias da dispersão; eram perseguidos e ignorados pela sociedade. Eles haviam perdido o relacionamento com o seu próprio meio social. Por esse motivo, o apóstolo conforta-os e os anima para que mantenham a fé e a consequente esperança, até que chegue o Dia da vitória sobre todos os percalços desta vida.

Nós também, por causa do amor de Cristo, nos tornamos peregrinos e forasteiros; estranhos neste (e para este) mundo. (1Pe 2.11) Embora os desejos carnais ainda entrem em conflito contra a alma. Por essa razão, é necessário vigilância, para não cairmos em tentação.

 

A FÉ É A BASE DA NOSSA CRENÇA E DA NOSSA ESPERANÇA (Hb  11. 6)

 

Como nós mesmos, os destinatários dessa epístola, estão inseridos num tempo posterior ao ministério do Senhor Jesus neste mundo; porém, o evangelho os havia alcançado pelos ministros que lhes anunciaram as boas novas de Salvação, anteriormente profetizadas por homens que não veriam o cumprimento delas, porque marcavam eventos que somente as gerações futuras veriam.

Evidentemente, diante das circunstâncias apresentadas, os irmãos dispersos corriam o risco da desistência da fé. Não tenhamos dúvida de que as dificuldades da vida, as perseguições podem ser ferramentas para estimular o esfriamento, o desânimo, a desistência da fé. Precisamos cuidar para que as provações não nos vençam.

Feitas as considerações sobre a manutenção da fé e da esperança, a carta inicia o versículo 13, usando uma relação conclusiva, sobre o conteúdo precedente, a fim de relembrar uma exigência do Senhor Deus, para a vida de todo crente: “Portanto, estejam com a mente preparada para agir...”

O mundo é um feroz inimigo da santificação: esse estado de separação dos interesses deste século! O processo que leva à santificação parte de uma decisão pessoal, ajudada pelo Espírito Santo. A ausência de interesse pela vida santificada mostra que há inclinação para a pecaminosidade. Que perigo!

Sendo pessoal, o processo da santificação produz, também, um estado de santificação coletiva; ele gera um corpo santificado, que é a Igreja! Que responsabilidade nós temos, irmãos!

 

A Igreja de Cristo não é uma associação de autônomos, senhores de suas, opiniões e interesses, conformes com a sua particular cosmovisão. A Igreja constitui um corpo, no qual, cada membro tem de estar submetido aos desígnios de Cristo, o qual é a cabeça e, sem dúvida, o cabeça. (Ef 4. 15-16).

 

A santidade é uma reivindicação divina

 

A partir deste ponto, vamos meditar na sequência de versículos lidos, de 13 a 23:

 

13. Ter a mente preparada, apta para agir: Essa estrutura sugere a possibilidade de alguma interferência ou ataque que possam inibir a vida santificada; o crente deve ter a prontidão de um soldado, pela contínua observância da Palavra de Deus; vivendo em sobriedade; sempre em estado de atenção, para evitar o erro (Mt 26. 41; Ef 6.15). O crente não pode abrir mão da esperança “na graça que será dada, quando Jesus Cristo for revelado.” (1Co 15. 19)

 

14. Não se moldar pelos padrões do mundo: A obediência ao Senhor faz parte do caráter do servo fiel. É essa disponibilidade de servo fiel que nos afasta da vida pecaminosa. Não se pode conviver com os que desonram a Deus. Paulo faz a mesma advertência em Rm 12. 2: “Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.”

 

15-16. Imitar a Santidade de Cristo: Em nós mesmos não habita bem algum (Rm 7. 19), mas devemos permanecer sob o domínio do Espírito de Deus (Rm 8. 9). O Espírito Santo, que em nós habita, é quem nos santifica. (Rm 8. 13). A Palavra de Deus exige que sejamos santos, porque Deus é Santo. Mas o que é ser santo? Ser santo não envolve, prioritariamente, o exterior. Os fariseus apreciavam a “santidade exterior”. (Mt 23. 25)

 

17. Viver em temor a Deus, que julgará a cada um de modo imparcial: Deus nos julgará individualmente. Ele julgará o exemplo que demos à vista deste mundo (Mt 5. 13-16). Que exemplo damos para a sociedade, na condição de membros do corpo de Cristo? (2Co 6. 14-15).

 

18-21. Permanecer cientes do preço impagável do nosso resgate: Todo crente manter continuamente vivo em sua memória (não apenas na semana da reunião para comemorar a Ceia do Senhor) o maior de todos os sacrifícios, de natureza espiritual, moral e física do Senhor Jesus, ao entregar-se à crucificação em nosso favor. O Senhor Jesus se fez maldição por nós, miseráveis pecadores (Is 53. 4-6; Gl 3. 13). Foi impagável o preço da nossa Salvação: ela custou a horrenda condenação e o sofrimento atroz do Senhor Jesus Cristo, como promessa da nossa Salvação, anterior à criação do mundo; sendo a consumação do resgate no triste episódio da cruz e, depois, na Sua gloriosa ressurreição; sendo Ele, por intermédio de quem, nós cremos em Deus que o ressuscitou dos mortos e lhe deu gloria, de tal maneira, que a nossa fé e esperança estejam em Deus.

 

Por fim, os versículos 22-23 nos fazem uma confirmação alentadora e uma exortação inestimável: “Agora que vocês purificaram a sua vida pela obediência à verdade, visando ao amor fraternal e sincero, amem, sinceramente, uns aos outros, e de coração. [Porque] Vocês foram regenerados não de uma semente perecível, mas imperecível, por meio da palavra de Deus viva e permanente.” Glória a Deus, pela nossa bendita esperança, até que volte o Salvador, vindo, em gloria e majestade para arrebatar aqueles que, tendo crido nele, vivem em obediência, em fé, em esperança e santidade, à espera da grande Vitória!

 

Porque, ainda dentro tempo, Aquele que há de vir virá e não tardará.” (Hb 10. 37)

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