quarta-feira, 4 de maio de 2022

TEIMOSIAS QUE NOS FEREM






As crianças, desde a tenra idade, têm natureza voluntariosa. Se os pais, desde cedo, não lhes põem freios, elas podem causar inúmeros problemas, principalmente para si mesmas: caem, ferem-se, quase sempre com gravidade.

Assim somos nós, adultos, com relação a Deus: julgamo-nos competentes para resolver problemas; temos certeza de como agir melhor e, no silêncio do coração, não atentamos à voz de Deus, tal como crianças não atentam para o comando paterno.

Em geral, as crianças precisam passar pelo insucesso, a fim de alcançar sabedoria; também nós!

Sem dúvida, o Pai Celestial  permite-nos experimentar os dissabores da autoconfiança, até que, como os meninos correm para os pais, após o insucesso por causa da desobediência, corramos nós para Deus, quando a nossa insanidade vem à tona.

É bem notória a confiança filial que o salmista deposita em Deus.

Facilmente se nota nele a percepção de que urge a necessidade  do esforço para refrear a inutilidade dos ímpetos, disposição para reconhecer e aceitar a própria fragilidade, que é a mesma fragilidade das crianças.



"Eu disse: Guardarei os meus caminhos, para não delinquir com a minha língua; enfrearei a minha boca, enquanto o ímpio estiver diante de mim. Com o silêncio fiquei como mudo; calava-me, mesmo acerca do bem, mas a minha dor se agravou. Incendeu-se dentro de mim o meu coração; enquanto eu meditava se acendeu um fogo; então, falei com a minha língua. Disse: 'Faze-me conhecer, Senhor, o meu fim, e a medida dos meus dias qual é, para que eu sinta quanto sou frágil. Eis que fizeste os meus dias como a palmos; o tempo da minha vida é como nada diante de ti; na verdade, todo homem, por mais firme que esteja, é totalmente vaidade.'" (Sl 39.1-5)



O apóstolo Paulo lembra o leitor:


"Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, discorria como menino; mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino." (1Co 13.11)


Precisamos, como Paulo, acabar com as inclinações pueris que impedem a percepção da nossa enorme fragilidade diante da vida.

Precisamos atentar para as orientações do Pai, antes de corrermos para ele, feridos dos tombos que eram desnecessários.


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