sexta-feira, 10 de dezembro de 2021

SALVOS PELA GRAÇA




Tito 2.11-14 (Bíblia KJA)

Porquanto, a graça de Deus se manifestou salvadora para todas as pessoas. Ela nos orienta a renunciar à impiedade e às paixões mundanas, e a viver de maneira sensata, justa e piedosa, nesta presente era, enquanto aguardamos a bendita esperança; o glorioso retorno do nosso grande Deus e Salvador Jesus Cristo. Ele, que se entregou a si mesmo por nós, para nos remir de toda maldade e purificar para si um povo todo seu, consagrado às boas obras.

Introdução

Este importante texto da Epístola de Paulo a Tito leva-nos a contemplar as duas fases da nossa existência: a fase de um passado pretérito e a fase de um presente contínuo. Convém que não nos esqueçamos da fase passada, para que possamos compreender mais claramente o presente, e a quem nós devemos este atual estado de graça maravilhosa.


  1. VIVÍAMOS UM TEMPO DE MALDIÇÃO 


A desolação era o caminho que tínhamos naquele tempo, quando éramos perdidos. Estávamos afastados de Deus e de sua graça. O apóstolo Paulo resume a nossa condição passada: “Porque todos pecaram e estão destituídos da glória de Deus”.

O pecado contaminou a humanidade, tornando-se a causa da nossa triste situação. No texto aos Romanos, a palavra “destituído”, (própria do Direito romano), significa que estávamos postos na condição de afastados de qualquer benefícios de Deus, condenados, sem direito algum.

Aquela situação era muito pior do que a situação do filho pródigo, pois ele teve, num momento de lucidez, a vontade de retornar à casa do pai. Nós não podíamos ter lucidez alguma, pois, estávamos mortos. Nosso lugar era a região da sombra da morte (Mt 4.16). Os mortos não reagem à sua putrefação ininterrupta até o estado definitivo de qualquer vestígio de que tivera vida. Essa é a situação do pecador sem Cristo neste mundo. Ser vivificado por Cristo é única possibilidade de lucidez espiritual para o homem. “E vos vivificou, estando vós mortos em ofensas e pecados.” (Ef 2.1).


  1. O TEMPO DA GRAÇA: A VIVIFICAÇÃO EM CRISTO


Se o texto lido em Tito 2, leva-nos à percepção de quem nós éramos; ele também nos mostra o que somos e o que devemos ser. Pedro confronta esses tempos, quando diz:


Vocês, que antes não eram sequer povo, agora, vocês são povo de Deus. Não havia misericórdia sobre vocês; mas agora vocês a receberam.”. (1Pe 2.10).


Se a nossa condição anterior era terrível; a atual tem boas notícias! Deus, misericordiosamente, encerrou a fase do passado.

Muitos crentes oram pedindo toda sorte de milagres. As igrejas se tornaram locais para entrega de problemas e busca de soluções. Poucos vêm para louvar a Deus pelo maior de todos os milagres: a travessia do estado de escravidão e de morte, para o estado de vida espiritual abundante, em Cristo Jesus, no Reino Celestial.

Cantam-se músicas com letras ofensivas a Deus, porque elas são páginas de lamentações de uma vida sofredora e necessitada. As pessoas associam a misericórdia de Deus às “bênçãos” milagrosas que ele pode dar. A misericórdia de Deus é, antes, a salvação em Cristo, não é a doação de ouro e de prata que ele nos dê.


Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou, estando nós ainda mortos em nossas ofensas, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça vocês são salvos)” (Ef 2.4.5).

Quão maravilhosa é a graça de Deus para com a humanidade! “Graça, graça, a mim basta a graça de Deus, Jesus... A graça eu achei em Jesus!” (HC 205).


  1. JESUS CRISTO NÃO VEIO PARA CONDENAR O MUNDO.


Todos nós estávamos perdidos, ainda que essa não era a vontade de Deus. Deus não tem prazer em que ninguém se perca (Ez 18.19; 2Pe 3.9). Por isso ele, graciosamente, ofereceu-nos a redenção, dando-nos o seu Filho bendito, Cristo Jesus, nosso Senhor. “O verbo se fez carne e habitou entre nós.” (Jo 1.1).


E, como Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do Homem seja levantado. Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele.” (Jo 3.14-17).


Há muitas pessoas que interpretam mal essa passagem, quando pretendem afirmar que o Filho não veio condenar ninguém; veio salvar a todos, indistintamente. Isso não é verdade. Ele não veio condenar, porque todos já estávamos condenados. (Jo 3.19).

Ele veio para salvar aqueles que já estavam condenados, desde a destituição da glória de Deus (Rm 3.23). Quem não crê no unigênito Filho de Deus, o Salvador, já está condenado (3.18).

Quão triste é o destino dos que não creem: a condenação eterna! Mas os homens preferem a propaganda enganosa do diabo.


  1. PARA OS QUE CREEM, UMA BOA NOTÍCIA!


No livro do profeta Isaías, lemos a melhor de todas as notícias:

Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; e o principado está sobre os seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz... (Is 9.6). Ele é a alegria que será para todo o povo. A bênção é oferecida a todos.



Ó vocês, todos os que têm sede, venham às águas, e vocês que não tem dinheiro, venham e comprem e comam; sim, venham e comprem se dinheiro e sem preço, vinho e leite!” (Is 55.1).


Comprar sem dinheiro significa não ter meios próprios de se salvar da condenação. Sem preço, porque a salvação é um presente de Deus aos que creem. Glória a Deus!

Para nós que atendemos o seu convite foi dada a melhor notícia: 


Ele nos tirou da potestade das trevas e nos transportou para o Reino do Filho do seu amor.” (Cl 1.13). 


Porque a graça de Deus se manifestou, trazendo salvação a todos os homens” (Tt 2.11).


Conclusão

Celebremos, hoje, essa graça que nos alcançou. Vamos até o Calvário, onde a sublime e maravilhosa graça foi-nos entregue. Vamos trazer à memória, o sacrifício da cruz à qual o Senhor Jesus se entregou, para nos dar vida. Louvemos o seu nome! “... ele foi ferido pelas nossas transgressões, e moído pelas nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele e, pelos seus ferimentos fomos sarados.” (Is 53.5). Amém.


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