quinta-feira, 18 de novembro de 2021

A RESSURREIÇÃO E A GLORIFICAÇÃO DOS SALVOS




Introdução

Todas as indagações do nosso espírito têm resposta nas Escrituras Sagradas. Aquelas necessárias à Salvação pela Graça são claramente resolvidas. (Efésios 1.3-14).

Outras, pertinentes aos crentes que já trilham no caminho do evangelho, requerem mais aplicação ao estudo das Escrituras Sagradas. Por meio do estudo sério, amparado na oração, esses crentes interessados podem alcançar o esclarecimento buscado (2Timóteo 3.16); ou podem entender que o ponto não esclarecido é mistério de Deus.

Não há dúvida de que há mistérios divinos que, talvez, sejam desvendados tão somente na vida eterna. Adão e Eva tentaram desvendar mistérios do Criador; por isso, caíram em pecado de desobediência, recebendo o castigo por sua ousadia.


Um exemplo dos mistérios de Deus é a salvação, ou a perdição, daqueles, que partiram. Quanto a esse assunto, não nos cabe julgar, Creio que não sabemos se, na Pátria Celestial, os salvos terão lembranças de amigos, irmãos de igreja ou familiares ausentes; parece-me que isso geraria um sentimento que não haverá na gloria de Deus: a tristeza e a saudade. Como nos lembraríamos deles, sem sentimentos afetivos?

Na história de Lázaro e do homem rico, a Bíblia relata uma enorme distância entre o destino de um e destino do outro. Também não se registra que Lázaro se lembrasse do destino do homem rico que o desprezara na vida terrena. Enfim, o gozo celestial é o estado de perene felicidade para os que partirem salvos. Isso é um mistério que pertence a Deus, não aos homens.


  1. OS MORTOS EM CRISTO RESSUSCITARÃO EM CORPOS GLORIFICADOS


Alguém perguntou como poderá haver a ressurreição dos mortos, já que pessoas falecem em circunstâncias diversas: umas morrem carbonizadas, outras devoradas por feras, ou em circunstâncias, nas quais os restos mortais foram espalhados por aí. Ora, essas coisas estão incluídas nos mistérios de Deus. Não nos cabe buscar argumentos, mas aceitar o que a Bíblia diz em Apocalipse 20.13-14, e a Onipotência de Deus. Só isso!

Muitos crentes ainda perguntam sobre a ressurreição dos mortos e sobre como será a transformação do corpo físico em corpo glorioso. Na verdade, aqui há uma questão de conhecimento explícito e também de fé.

Quanto ao conhecimento explícito sobre a ressurreição em si, a Bíblia é rica em exemplos. Basta lê-la. Ao profeta Daniel, foi dado um conjunto importante de revelações sobre os últimos acontecimentos. Dentro desse conjunto (capítulos 10 a 12), ele recebeu a seguinte mensagem:


“E muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para a vida eterna, e outros para a vergonha e desprezo eterno. Os entendidos, pois, resplandecerão como o resplendor do firmamento; e os que a muitos ensinam a justiça refulgirão como as estrelas, sempre e eternamente” (Daniel 12.2-3).


Além de Daniel, o profeta Isaías diz:


“... Os teus mortos viverão, os teus mortos ressuscitarão; despertai e exultai, vós que habitais no pó, porque o teu orvalho, ó Deus, será como o orvalho das ervas, e a terra lançará de si os mortos.” (Is 26.19).


Dois dos profetas do A.T. foram instrumentos de milagres de ressurreição: Elias orou e obteve a ressurreição do filho da viúva em Sarepta (1Reis 17.22). Eliseu também foi instrumento para ressurreição do filho da mulher sunamita. Outro caso, aliás, o último relato de ressurreição no A.T.: o cadáver de um homem foi lançado na cova em que estavam os restos mortais de Eliseu. Ao cair na cova, o homem ressuscitou. (2Reis, 13.20-21).

No N.T., antes da sua morte e própria ressurreição, o Senhor também fez milagres de ressurreição: Lucas 7. 11-17; 8.40-42; João 11.1-44. Em Atos 9.32-43, está o relato da ressurreição de Dorcas, pelo apóstolo Pedro, e Atos 20.7-12 relata a ressurreição de Êutico, pelo apóstolo Paulo.

A riqueza das Escrituras em todos esses relatos dispensa provas mais evidentes quanto à ressurreição milagrosa. Entretanto, todos aqueles ressuscitados vieram, mais tarde, a falecer novamente, pois não ressuscitaram em corpo glorificado; mas, em sua forma humana e terrena. Somente o Senhor Jesus ressuscitou em corpo glorioso o que prova tanto a sua deidade quanto o seu poder e vitória sobre a morte.

Quanto à questão da fé na verdade da ressurreição dos que dormiram no Senhor e em que corpo eles ressuscitarão, o apóstolo Paulo esclarece:


“Não quero, porém, irmãos, que sejais ignorantes acerca dos que já dormem, para que não vos entristeçais como os demais, que não têm esperança [...]. Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus, e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro [...]”. (1 Ts 4.13-16).


“[...] Mas alguém dirá: Como ressuscitarão os mortos? E com que corpo virão? [...] Assim, também a ressurreição dos mortos. Semeia-se o corpo em corrupção, ressuscitará em incorrupção. Semeia-se em ignomínia, ressuscitará em glória. Semeia-se em fraqueza, ressuscitará com vigor. Semeia-se corpo animal, ressuscitará corpo espiritual [...]” (1Coríntios 15.35-44).


  1. E OS QUE ESTIVEREM VIVOS NA VINDA DO SENHOR?


Na ocasião do arrebatamento da Igreja, evidentemente haverá milhões e milhões de crente vivos, em suas atividades terrenas. O arrebatamento será surpreendentemente rápido, inesperado para qualquer de nós. São falsos todos os cálculos e todas as profecias que indicarem qual será o ano, o mês, o dia ou a hora desse evento.


“Porém, daquele Dia e hora ninguém sabe, nem os anjos dos céus, nem o Filho, mas unicamente meu Pai.” (Mateus 24.36).


O que acontecerá com esses crentes vivos? O mesmo apóstolo Paulo esclarece:


“[...] Depois, nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles (os ressurretos) nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor.” (1 Tessalonicenses 4.17 – parênteses meus).


Como esses crentes vivos serão arrebatados para encontrar o Senhor nos ares? Obviamente, não será em seus corpos mortais. Portanto, também eles serão repentinamente revestidos de um corpo glorificado, imortal, isento das intempéries deste mundo material, assim como o teve o nosso Senhor Jesus, que é aquele que vem em primeiro lugar, isto é, ele é as primícias dos que dormem.


“Porque, assim como todos dormem em Adão, assim também todos serão vivificados em Cristo. Mas, cada um por sua ordem: Cristo, as primícias; depois, os que são de Cristo, na sua vinda.” (1Coríntios 15.22-23 – grifo meu).


Conclusão


À vista do exposto, meus irmãos, não deverá restar dúvida sobre tão importante assunto. Como vimos, a Bíblia nos dá relatos de eventos materialmente comprovados de muitas ressurreições, tanto no Antigo quanto no Novo Testamento. Aliás, quando o Senhor Jesus expirou na cruz, houve ocorrências sobrenaturais, inclusive ressurreição. (Mateus 27.51-53). Meditemos nas Escrituras. Estudemo-las com dedicação e oração, pois essa é a única maneira de sabermos as sagradas letras que podem fazer-nos sábios como cidadãos do Reino de Deus.






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