Já faz tempo que as programações
neopentecostais, em rádios e televisões, deram a largada a uma cultura
travestida de cristianismo evangélico.
Digo isso, com base num enorme
conjunto de práticas religiosas que não preciso enumerar agora, as quais
afrontam o evangelho de Cristo. Portanto, se afrontam o verdadeiro evangelho,
não podem denominar-se entidades cristãs. É anátema esse evangelho.
Porém, e para piorar, essa cultura
gerou em seus adeptos, além de práticas espúrias, um perigoso vocabulário
pseudocristão, o qual tem contaminado o falar de muitos cristãos desavisados.
Aqui trago uma das muitas expressões
que, como joio na plantação de trigo, anda a envenenar a boa seara: "Deus
me honrou."
Impossível! Deus não dá honra a
homens; dá bençãos. Bençãos são dádivas, benefícios.
A honra é dever. Ao homem cabe honrar
a Deus.
Evidentemente, alguém me contestará,
citando, isoladamente, o versículo que está no evangelho de João:
"Se alguém me serve, siga-me; e
onde eu estiver, ali também estará o meu servo. E, se alguém me servir, meu Pai
o honrará."
(Jo 13.26).
Sem atenção ao contexto, os maus
pastores induzem pessoas ao erro, dando-lhes a impressão de que Deus honra a
homens, por força de pretensos pactos que possam esses mortais fazer com Deus.
O contexto do versículo vai numa
direção bem contrária a concupiscência humana: vai ao caminho de Cristo, à
cruz.
Jesus diz que, sendo servos, não
temos caminho próprio, senão o dele. Depois, sim, tendo servido-o e seguido-o,
o crente fiel receberá a honra divina de estar onde estiver o seu Senhor.
A Bíblia é o livro sagrado que faz de
nós verdadeiramente cristãos. Ela nos prepara para refutar os falsos ensinos que
se espalham entre "as cinco jovens displicentes que não puderam acompanhar
o noivo às bodas". (Mt 25.1-13).
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