domingo, 6 de abril de 2014

UM FILME BÍBLICO?

 Nada a ver entre a narrativa biblica, histórica, sobre o patriarca Noé e o filme homônimo. Tudo bem!
Não é correto atrelar a obra de Arte a qualquer possivel realidade. Uma coisa é o texto biblico, outra, o filme.
Numa ocasião, espalhou-se a noticia absurda de que encontraram na Bahia a Gabriela (personagem da obra de Jorge Amado). A personagem só existe no contexto da narrativa, na ficção, jamais, em carne e osso, tomando sol na praia!
Também "existe" a "Garota de Ipanema"...
Ora, a Arte (não é a realidade) é a "recriação" da realidade sob a inspiração do artista.
Sendo "recriação", foge às rédeas da realidade, tanto quanto, por exemplo, o "eu-poético" distancia-se do poeta.
Ensina Vicente Ataide que a mais repugnante visão de um animal putrefato no campo sugere uma beleza ímpar (o Belo, segundo Aristóteles) na tela de um artista.
Aprecie-se - ou não - o filme, sem a obrigação intelectual de se rever ali as páginas das Escrituras Sagradas.

Quer saber sobre o dilúvio? Sobre a verdade a respeito do patriarca Noé? Abra a Bíblia no livro de Gênesis, leia os capítulos 6 a 10.
Quer analisar um trabalho de Arte, sem relação cristã, nem religiosa? Veja o filme. Duas atividades distintas.

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