domingo, 2 de março de 2014

ENSINAR É GERAR MENTES SADIAS


Ensinar é, antes de tudo, despertar raciocínios, transformar mentes; ou seja, ensinar é gerar um indivíduo para formar uma sociedade. Se partirmos dessa premissa, concluiremos que, no Brasil, há tempo não se pratica o ensino.

Crianças frequentam escolas em que não se nota o menor interesse pela formação dos indivíduos que deverão compor uma sociedade bem equilibrada. Na escola, pelo menos na maioria delas - sejam públicas ou privadas - não se preza a disciplina, condição “sine qua non” para que se tenha um “discípulo” verdadeiro. Discipular opõe-se a “indisciplinar” ou aceitar a indisciplina. Assim, o problema começa na relação mestre-discípulo, porque já, praticamente, não há mestres como outrora.

Praticamente, a instituição chamada de escola particular abraçou o viés comercial, por meio do qual “empresários da educação” (?) enchem seus bolsos ano a ano; e, para a manutenção de um “status” comercial, contratam professores cuja eficiência profissional carece de aval. Os respeitáveis livros didáticos de outros tempos deram lugar a famigeradas “apostilas”, as quais, quanto mais coloridas, mais atraentes; porém, paupérrimas de conteúdo. Os professores dessas redes são bem apessoados, jovens, geralmente provindos da classe média alta e de outras escolas particulares; por isso, intimamente ligados aos seus alunos, naquilo que se refere ao “meio social”. Mas esse “meio social” é corrompido há muito tempo; logo...

A escola pública praticamente dispensa comentários, é exatamente o inverso, pois recebe um alunado sem estrutura social, que será “orientado” por professores que ministrarão mais de uma matéria, carregados de burocracia, papéis, papeletas, correção de “PDL: prova dada na lousa”. Na escola pública o pátio é a grande sala de aula.

Diante disso, fica muito difícil entender que haja processo educacional disponível a todo cidadão brasileiro, ainda que se ressalve uma escola particular aqui ou ali; uma escola pública ali ou acolá. Mas, tanto ali como acolá há milhares de cidadãos carentes de ensino, os quais jamais serão alcançados por essa bênção. Pobre educação brasileira!

 

 

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