Não há dúvida de que quaisquer segmentos cristãos têm seus problemas, já que são entidades materialmente governadas por homens, sob preceitos interpretados por homens. Aqui não trato da Igreja, mas das igrejas; e o assunto são as igrejas pentecostais.
A adoção da linha pentecostal é, sem discussão, bíblica. A igreja primitiva era pentecostal, como relata o livro dos Atos dos Apóstolos. O entendimento dos antigos intérpretes da Bíblia, associado aos interesses pollítico-religiosos, causaram o surgimento de, em tese, duas vertentes evangélicas: pentecostais e não-pentecostais. Não há interesse na discussão de que linha é certa. O escopo é o comportamento pentecostal.
A igreja pentecostal primitiva contava com homens fiéis à Palavra de Deus, constantes na oração e comunhão com Deus, ainda que em sua maioria fosse gente iletrada, homens de profissão rude, distantes de uma formação intelectual apreciável. Claro que a Bíblia relata exceções como o evagelista Lucas, o apóstolo Paulo, Apolo, entre outros intelectuais. Esses porém, eram minoria no seio da igreja.
No Brasil, a igreja pentecostal foi implantada numa das regiões mais carentes de intelectualidade à época: no Estado do Pará. O centro cultural, universitário, estava praticamente baseado no Rio de Janeiro. É de se esperar que a igreja-mãe nascesse afastada das rodas intelectuais. Isso virou cultura evangélico-pentecostal, pois os líderes de outrora, equivocadamente, generalizaram uma condição particular. A igreja pentecostal passou a ser vista como igreja de pessoas despreparadas intelectual e economicamente.
A liderança pentecostal brasileira não era intelectual até bem pouco tempo e essa prática ainda se dá em muitas regiões do país. Até 1960, mais ou menos, contavam-se nos dedos os pastores pentecostais bem preparados. Esses homens viviam apegados aos ensinos que receberam e não procuravam um crescimento. Os pastores com preparo apreciável formavam uma minoria.
Ora, diante do exposto, é de se compreender que a igreja pentecostal ainda mantenha os resquícios daqueles tempos, ainda que enormes mudanças venham ocorrendo. Hoje há escolas seculares e confessionais, seminários e faculdades e grande parte dos pastores porta diploma de cursos superiores, são profissionais liberais, professores, empresários etc.
Contudo, as raízes ficaram. Por causa delas, muita coisa continua tabu. porque muitos desses mesmos homens, hoje preparados, mantêm os princípios dos antigos: a tradição.
O evangelho não é tradição; o romanismo sim. O evangelho é avanço, aprendizagem, crescimento, socialização santa. Há necessidade de a igreja pentecostal de nossos dias estudar melhor os ensinos de Paulo. Paulo era pentecostal (Atos, 19.6).
Ora, o mesmo apóstolo Paulo, pentecostal, ensina que o culto deve ser racional. "Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis o vosso corpo em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso 'culto racional'. - destaque meu - (Romanos, 12.1).
Que é um ato "racional"? É um ato inteligente, fruto do raciocínio, não dominado pela emoção, a qual é irracional. O mesmo Paulo repreende: "...Mas, faça-se tudo com decência e ordem". (I Coríntios, 14.40).
Decência é ato social não escandaloso, fruto de bons costumes, de educação; isto é, de quem raciocina. Ordem é um princípio básico do raciocínio. Desordem é caos, balbúrdia, desequilíbrio.
Conclui-se que a igreja pentecostal hodierna, de modo geral, precisa voltar aos estudos da Palavra de Deus com vontade e dedicação, precisa abandonar os resquícios de um passado não indicado biblicamente. Precisa de menos cantores, e de mais professores. Os cultos necessitam de gastar tempo com uma mensagem bíblica sólida, evangélica, no lugar da vasta cantoria regada a palmas. Precisa rever seus conceitos da Escola Bíblica Dominical - como há anos vem labutando o eminente pastor Antonio Gilberto, um dos expoentes da intelectualidade pentecostal brasileira.
A igreja pentecostal brasileira difere das noções e práticas chamadas neopentecostais, um ramo bastardo do pentecostalismo.
Essas mudanças nada têm a ver com permissão para o mundanismo. Mundanismo consiste nas práticas antibíblicas, não necessáriamente relativas a aspectos físicos, ou a trajes. O mundanismo consiste em adotar todas as práticas do "sistema" social vigente, o qual é dado aos desmandos morais. Isso será evitado também com um conselho paulino que nos chama ao raciocínio (renovação do entendimento): "E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus" (Rm 12.2).
A adoção da linha pentecostal é, sem discussão, bíblica. A igreja primitiva era pentecostal, como relata o livro dos Atos dos Apóstolos. O entendimento dos antigos intérpretes da Bíblia, associado aos interesses pollítico-religiosos, causaram o surgimento de, em tese, duas vertentes evangélicas: pentecostais e não-pentecostais. Não há interesse na discussão de que linha é certa. O escopo é o comportamento pentecostal.
A igreja pentecostal primitiva contava com homens fiéis à Palavra de Deus, constantes na oração e comunhão com Deus, ainda que em sua maioria fosse gente iletrada, homens de profissão rude, distantes de uma formação intelectual apreciável. Claro que a Bíblia relata exceções como o evagelista Lucas, o apóstolo Paulo, Apolo, entre outros intelectuais. Esses porém, eram minoria no seio da igreja.
No Brasil, a igreja pentecostal foi implantada numa das regiões mais carentes de intelectualidade à época: no Estado do Pará. O centro cultural, universitário, estava praticamente baseado no Rio de Janeiro. É de se esperar que a igreja-mãe nascesse afastada das rodas intelectuais. Isso virou cultura evangélico-pentecostal, pois os líderes de outrora, equivocadamente, generalizaram uma condição particular. A igreja pentecostal passou a ser vista como igreja de pessoas despreparadas intelectual e economicamente.
A liderança pentecostal brasileira não era intelectual até bem pouco tempo e essa prática ainda se dá em muitas regiões do país. Até 1960, mais ou menos, contavam-se nos dedos os pastores pentecostais bem preparados. Esses homens viviam apegados aos ensinos que receberam e não procuravam um crescimento. Os pastores com preparo apreciável formavam uma minoria.
Ora, diante do exposto, é de se compreender que a igreja pentecostal ainda mantenha os resquícios daqueles tempos, ainda que enormes mudanças venham ocorrendo. Hoje há escolas seculares e confessionais, seminários e faculdades e grande parte dos pastores porta diploma de cursos superiores, são profissionais liberais, professores, empresários etc.
Contudo, as raízes ficaram. Por causa delas, muita coisa continua tabu. porque muitos desses mesmos homens, hoje preparados, mantêm os princípios dos antigos: a tradição.
O evangelho não é tradição; o romanismo sim. O evangelho é avanço, aprendizagem, crescimento, socialização santa. Há necessidade de a igreja pentecostal de nossos dias estudar melhor os ensinos de Paulo. Paulo era pentecostal (Atos, 19.6).
Ora, o mesmo apóstolo Paulo, pentecostal, ensina que o culto deve ser racional. "Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis o vosso corpo em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso 'culto racional'. - destaque meu - (Romanos, 12.1).
Que é um ato "racional"? É um ato inteligente, fruto do raciocínio, não dominado pela emoção, a qual é irracional. O mesmo Paulo repreende: "...Mas, faça-se tudo com decência e ordem". (I Coríntios, 14.40).
Decência é ato social não escandaloso, fruto de bons costumes, de educação; isto é, de quem raciocina. Ordem é um princípio básico do raciocínio. Desordem é caos, balbúrdia, desequilíbrio.
Conclui-se que a igreja pentecostal hodierna, de modo geral, precisa voltar aos estudos da Palavra de Deus com vontade e dedicação, precisa abandonar os resquícios de um passado não indicado biblicamente. Precisa de menos cantores, e de mais professores. Os cultos necessitam de gastar tempo com uma mensagem bíblica sólida, evangélica, no lugar da vasta cantoria regada a palmas. Precisa rever seus conceitos da Escola Bíblica Dominical - como há anos vem labutando o eminente pastor Antonio Gilberto, um dos expoentes da intelectualidade pentecostal brasileira.
A igreja pentecostal brasileira difere das noções e práticas chamadas neopentecostais, um ramo bastardo do pentecostalismo.
Essas mudanças nada têm a ver com permissão para o mundanismo. Mundanismo consiste nas práticas antibíblicas, não necessáriamente relativas a aspectos físicos, ou a trajes. O mundanismo consiste em adotar todas as práticas do "sistema" social vigente, o qual é dado aos desmandos morais. Isso será evitado também com um conselho paulino que nos chama ao raciocínio (renovação do entendimento): "E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus" (Rm 12.2).
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