Nossa época levanta bem alto a bandeira do respeito à individualidade. Entretanto, em nome dessa característica particular de cada ser humano, abrem-se as portas da desobediência aos valores fundamentais da vida, da permissividade, da corrupção; então, vivemos o descalabro social que abandona os parâmetros do respeito e da inalienável dignidade humana.
A pretensa liberdade individual confunde-se com a desimportância que se atribui ao próximo. Queremos pôr nele os nossos olhos, ainda que míopes. Não há indivíduo com os olhos mais perfeitos do mundo; cada qual tem a sua miopia. As pessoas merecem respeito por suas diferenças; desde que essas diferenças não aviltem a condição "sine qua non" do ser.
Filhos não são cópias dos pais - têm individualidade - logo, não se pode exigir deles a a visão tida por correta pelos pais; porém, se eles tomam vereda que tire a dignidade inviolável dessa relação familiar, não há meio de concordância. Esse mesmo raciocínio deve ser válido para quaisquer outras relações sociais, sejam conjugais, profissionais, políticas, religiosas, entre outras.
A ausência de limites, em todos os níveis, empurrou a sociedade para o lixo da desobediência, da desconsideração, do egoísmo, da corrupção. Nosso mundo precisa retomar a noção do respeito expressa em um provérbio popular sobre onde termina a liberdade que presumimois ter. Sem esse retorno, que só pode vir por meio de providências educacionais, também por meio de leis justas e exeutáveis, nada se pode esperar de bom, sadio e digno para essa sociedade em decomposição.
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