As atividades humanas são diversificadas; a cada indivíduo Deus deu capacidade para que se aplique ao exercício de uma função na sociedade. Até na administração eclesiástica há essa diversificação. Diz Paulo: “E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores”. (Ef 4.11).
Que quer dizer essa passagem?
Creio que duas coisas: a primeira é que Deus chama a quem ele quiser, para o
que ele quiser na sua obra. A segunda: o convocado deve preparar-se para
executar a obra. A Timóteo Paulo exorta: “Persiste
em ler, exortar e ensinar... Medita estas coisas, ocupa-te nelas para que teu
aproveitamento seja manifesto a todos”. I Tm 4.13;15). Ora, que
recomendação é essa, senão a do estudo para tornar-se competente,
irrepreensível?
No mundo secular, as escolas de
ensino técnico ocupam-se do preparo de um pessoal especializado em suas respectivas
áreas e fornecem-lhes certificado de capacitação após a aprovação em rígidos
exames teóricos e práticos. As Universidades promovem pesquisas científicas, a
fim de capacitar em nível superior a mais ampla gama de profissionais e de
intelectuais. De lá, saem os médicos, os engenheiros, os advogados, lá,
formam-se os professores; os seminários e as faculdades (sérias) de Teologia
preparam homens para o ministério evangélico.
Entretanto, vivemos uma época de um
falso autodidatismo, visto da seguinte maneira: a pessoa não frequenta o rigor escolar,
embebeda-se com uma literatura esdrúxula sobre determinado assunto, e sai a
espalhar erros. Pior ainda, é ver tais pessoas arrogantemente se porem a
discutir certos assuntos como se estivessem aptos para tanto.
Quem quer conhecer tem de
estudar, esforçar-se, submeter-se à disciplina didática, seguir orientação
bibliográfica e expor-se a avaliações. Caso contrário, não passa de soberbo na
sua própria ignorância. O grande escritor, romancista brasileiro, Machado de Assis, não poupou
crítica quando recomendou deixar-se ao sapateiro os sapatos.
Ev. Izaldil
Tavares de Castro
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