O maior problema de um povo é o seu substrato cultural, isto é, aquilo que está na base de todo o seu conhecimento, de suas práticas; aquilo que determina o seu comportamento de modo geral.
As origens, inclusive as mais
distantes - tanto do indivíduo quanto da coletividade - influenciam sua maneira
de pensar, de analisar de dar forma à vida. As mudanças que podem ocorrer
dentro desse processo intrínseco só se tornam viáveis por meio da Educação,
entretanto, vê-se um círculo vicioso, já que a própria Educação tem princípio na
influência ancestral.
O uso trivial das palavras,
associadas a um dado significado, é marca evidente dessas influências; as palavras,
muitas vezes, assumem valores semânticos bem distintos daquele sentido
original. A causa está em que a palavra não decide seu sentido: o que atribui
significado a um vocábulo é a “autoridade” do uso, dentro da comunidade. Um
conceito semântico distorcido pode tornar confuso um significado no âmbito da
sociedade. Tal fato acontece no que se compreende da palavra “líder”. Que é um
líder?
A palavra líder provém do inglês. Dentro da praticidade desse idioma, ela assume
o sentido de chefe (do francês),
aquele que dirige, conduz, determina atitudes. Por causa da preeminência que o
papel de líder impõe, a noção se associou à de dono, senhor, proprietário; o que não tem qualquer
relação.
Um líder não é dono, senhor ou
proprietário de seus liderados. A questão de “obediência” ao líder fica na
dependência da compreensão dos liderados, relativamente, também, ao significado
dessa palavra, nesse contexto. Como variam as possibilidades semânticas! Nada é
mais móvel do que o sentido das palavras!
Um líder de fato, preparado para
o seu papel, consciente de suas atribuições sociais não ignora a verdade aqui
exposta. O verdadeiro líder não explora os liderados em proveito próprio, mas
trabalha em benefício deles. Um liderado tem de ter, também, consciência de seu
papel no grupo em que atua, cooperando, assim, para o bom resultado da
empreitada. Um liderado não dita normas para atuação do grupo, mas pode sugerir
ao líder aquilo que acha valioso para a consecução dos objetivos.
Quem disputa com o líder ou com
outros liderados não é preparado para a obra, torna-se incômodo para o
desenvolvimento das propostas e, consequentemente, deve ser afastado da equipe.
Esse tipo de indivíduo não é raro; é tão frequente quanto a erva daninha que
cresce no jardim.
Vale lembrar, entretanto, que a
atitude de “obediência” à liderança não se confunde com “subserviência”. O
liderado deve estar completamente envolvido com o projeto, sabendo que seu
papel – dentro do que a estrutura lhe atribui - é indispensável para os bons
resultados.
Assim, líder e liderados são
cabeça e coração de um projeto. Não há cabeça que funcione sem coração. Não há
coração racional que funcione sem cabeça.
Lembremos, sempre, que liderança cristã é servir. É deste tipo de líder que o reino precisa. De "líder" dono o mundo está cheio.
ResponderExcluirForte abraço,
Washignton