Ef 5: 16:
“Portanto, vede prudentemente como andais, não como néscios, mas como sábios: remindo o tempo, porque os dias são maus”.
Lc 17: 26-30:
“E como aconteceu nos dias de Noé, assim também será também nos dias do Filho do Homem: comiam, bebiam e casavam-se, até o dia em que Noé entrou na arca e veio o dilúvio e os consumiu a todos”.
É maravilhoso verificar que Deus, ao criar todas as coisas, importou-se com as peculiaridades. Os vegetais, assim como os animais irracionais são todos idênticos, não têm características individuais. Ao homem, porém, Deus atribuiu personalidade, porque fez a cada um único. Nenhum ser humano é idêntico a outro: cada um é um.
As criaturas vegetais e as animais não se diferenciam particularmente entre si, exceto pela espécie, que constitui grupos: existem cães da raça x ou da raça y; mas eles não se individualizam, porque todos são exatamente iguais, dentro da sua espécie. Isso não ocorre com o ser humano: cada um é único, insubstituível, particular. A cada um de nós Deus deu características ditas pessoais. A marca digital de alguém jamais teve, não tem e nunca terá outra correspondente. Por isso a Bíblia diz que cada um dará conta de si mesmo a Deus! (Romanos 14: 12).
Antes de entrar no assunto desta mensagem, é necessário que cada um de nós a receba individualmente. Ela não vem como a chuva, abrangente de maneira geral; vem como um copo d’água para a sede do indivíduo.
Convém que nos posicionemos para receber a mensagem.
1. O crente e o ambiente em que vive.
Paulo, no capítulo 4, da carta aos efésios, trata do modo como devem andar os salvos em Cristo. Se você já está nessa condição, observe o versículo 1: “Rogo-vos, pois, eu, o preso do Senhor, que andeis como é digno da vocação com que fostes chamados.” Existe uma maneira de viver adequada à nossa condição de salvos, a qual difere diametralmente daquilo que se vê a cada instante.
Vivemos um período de intensa atuação diabólica, que não dá trégua em nenhum setor da vida humana. Não há limites para a maldosa agressividade física: os indivíduos se matam por causa das questões mais banais; não há qualquer respeito pelo próximo, independentemente de idade, sexo, condição física etc. Os roubos, os furtos, os assaltos se multiplicam em cada esquina. A insegurança e o pavor se instalam em cada família.
Além dessas agressões à vida física, alcançamos um período de degradação ético-moral em escala assustadora. A sexualidade depravada domina os seres humanos. Aí estão a homossexualidade, a pedofilia, a prostituição em cada canto das cidades.
A política que direciona os governantes, os legisladores e juízes está mergulhada na corrupção desenfreada. Esse é um retrato da sociedade em todos os países. O apóstolo João declara: “Sabemos que somos de Deus e que todo o mundo jaz no maligno” I João 5: 19.
2. Controlando o caminhar.
Voltemos ao versículo da introdução da mensagem: “Portanto, vede prudentemente como andais...”.
O apóstolo recomenda “Vejam como vocês andam!”. O que é “ver como anda”? É analisar, esquadrinhar, pesquisar à procura de quaisquer desvios. O crente precisa cuidar do seu caminho, para não ser contaminado! Cuidar exige atenção constante. Não podemos dar espaço para a sutil atuação do mal. Raramente o distúrbio pecaminoso vem trombeteando, fazendo barulho pela sua aproximação. O pecado se insinua com leveza, antes do desmoronamento. Tiago 1: 114-16: “Mas, cada um é enganado pela própria concupiscência. Depois, havendo a concupiscência concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, sendo consumado, gera a morte. Não erreis, meus amados irmãos!” Daí a recomendação da prudência.
3. Aproveitando o tempo.
Na Grécia antiga, uma filosofia valorizava a vida voltada para os prazeres do mundo; sugeria o “aproveitamento da vida, do dia” “carpe diem”, em latim. O apóstolo Paulo, entretanto, manda aproveitar o tempo de modo diferente: afastando-se do mal. Esse é o viver que conduz à salvação.
Não podemos ter olhos para os painéis tão atrativos que o mundo nos oferece. A mulher de Ló foi atingida mortalmente porque andou com saudade do ambiente mundano de Sodoma e Gomorra. Que dias vivemos? Estamos numa nova Sodoma, carregada de pecados! Cuidado! Não fazemos parte desse meio!
3. Anunciando a destruição do pecado.
Depois de que cada um “veja com prudência” o seu caminho; um ministério é dado pelo Senhor Jesus: anunciar aos perdidos a possibilidade de salvação em Jesus.
Esse anúncio não consiste apenas em evangelizar, no sentido mais comum de relatar a mensagem do Evangelho, mas de uma postura de absoluta oposição ao pecado. É necessário ser destemido (Tg 4: 7: “... resisti ao diabo e ele fugirá de vós”).
O crente não pode participar dos interesses pecaminosos, nem apóia-los; ainda que isso lhe custe a liberdade ou a vida terrena. O crente é um cidadão do Reino de Deus.
Conclusão.
Depois de ouvida a mensagem da Palavra de Deus, qual é a sua decisão? Há um hino que pergunta: “Que farás de Jesus Cristo?” Essa pergunta se faz hoje. É necessário decidir agora! A escolha é inevitável. Decidir-se por Cristo é virar as costas para o mundo. Não se decidir por Ele é abraçar a mundanidade e caminhar para a destruição. O único responsável pela decisão é você mesmo, que é único, insubstituível na escolha!
Isto me fez lembrar que muitos param no meio do caminho. O levar a cruz se tornou empecilho porque a vontade deles é satisfazer sua própria vontade e não a de Deus. Esquecem que são pó e que um dia vão morrer e esquecem de guardar o que têm para o único que lhes pode dar salvação e vida. Lembro-me disso todos os dias e olho para cima, sabendo que prá lá um dia eu vou.
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