Você já deve ter ouvido essa frase. Eu já perdi a conta de quantas vezes a ouvi. Varia, apenas, a quantidade para mais ou para menos.
A mesma contagem evangelástica ocorre com a quantidade dos que se batizam. Porém, soa como conveniente levantar-se uma questão.
Claro que apreciamos as muitas conversões ao evangelho, pois são elas que indicam a expansão da Palavra de Deus entre os homens. Mas elas (as conversões) também têm sinalizado certa escassez de conhecimento de um cristianismo bíblico e doutrinário.
A causa do descompasso entre o "ganhar almas" e o "fazer discípulos" está exatamente no interesse quantitativo em oposição à necessidade qualitativa dos crentes, fato evidente na pobreza do "fazer discípulos", após a pregação do evangelho.
A falha na boa educação cristã é responsável pela demonstração de "meninice", dada por considerável parcela de crentes evangélicos.
Em seu Sermão da Sexagésima, o padre e pregador português, António Vieira, argumentou sobre pouco frutificar a Palavra de Deus, e demonstrou que nela não há falha alguma.
Entre nós, quantos frutos se perderam nas falhas dos chamados "cultos de doutrina", voltados, tão somente, para a criação de um povo esteticamente diferenciado, quando deveriam promover discípulos aptos para representar o evangelho cristocêntrico, em consonância com a determinação do Senhor, em Mateus 28.20?
A igreja precisa fazer que retornem ao discipulado os milhares de crentes que já trilham, há algum tempo, os caminhos do evangelho, mas ainda não têm condição para alimento sólido; ajuntando a esses os recém-convertidos.
Se a igreja fizer isso, veremos que ela se ocupa no real cumprimento do "ide" do Senhor Jesus.
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