A palavra exploração nem sempre tem significado ruim. Explorar pode referir-se a uma digna administração dos recursos que beneficiam "tão somente" a própria sociedade nela envolvida. É normal falar-se em exploração do solo, por exemplo.
Por outro lado, a mesma palavra pode indicar, simplesmente, a ação infame de suprir a ganância pelo poder e pela pecúnia.
Quando se vai ao campo da atividade religiosa, é necessário discernir entre a digna e a pérfida exploração.
A igreja cristã, hoje, convive com os chamados "grandes ministérios" (ou "grandes igrejas"). Todos eles (ministérios/igrejas) devem ser considerados praticantes da exploração infame das suas atividades?
Jamais! De modo algum!
A expansão das igrejas, por meio da criação de filiais, em alguns casos, tem como objetivo cumprir a ordem do Senhor Jesus: pregar o evangelho. (Mt 28.19-20) Essas igrejas - que prefiro chamar de "igrejas mães" em vez de sedes - devem fazer retornar para a própria filial os recursos ali levantados, capacitando-a a frutificar outros trabalhos. Esse parece ser o ideal honesto.
Entretanto, ninguém dúvida da existência de igrejas que instalam filiais, a granel, para que sirvam de suporte financeiro, garantindo a manutenção da ganância econômica e da megalomania reinante na administração da chamada igreja sede.
Mas nem só de filiais vivem as igrejas sedes; os caríssimos programas transmitidos por rádio e televisão já funcionam como meio inteligente para a arrecadação de verbas; pois eles têm a vantagem do provimento pecuniário, sem oferecer risco de dissidência ou "racha".
Por isso as Escrituras alertam:
"Assim diz o Senhor Jeová: 'Eis que eu estou contra os pastores e demandarei as minhas ovelhas da sua mão; e eles deixarão de apascentar as ovelhas, e não se apascentar a si mesmos; e livrarei as minhas ovelhas da sua boca e lhes não servirão de pasto'". (Ez 34.10).
"... guardai-vos dos maus obreiros..." (Fp 3.2).
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