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Leia, antes deste texto, o que Paulo escreveu na Epístola aos Romanos 8.28-34.
Introdução
Temos, na referida leitura, um trecho da Palavra de Deus, inspirado ao apóstolo Paulo. Por ele, o apóstolo traz um grande conforto ao crente que se vê acuado, destratado, entre seus próprios irmãos de fé.
Os sofrimentos e as perseguições vindos do mundo secular podem abalar o crente, podem constranger-lhe o espírito; entretanto, são mais graves, mais contundentes, os sofrimentos causados pelos próprios irmãos, que, valendo-se de preconceitos envoltos numa falsa santidade, avaliam e julgam a vida do servo alheio.
Todavia, as palavras do texto paulino reconfortam a alma e animam o crente maduro na fé a prosseguir no trabalho para o qual foi chamado.
POR JESUS RECEBEMOS O PODER DE SERMOS FEITOS FILHOS DE DEUS
Certa feita, Jesus foi criticado pelos escribas da coletoria de impostos e pelos fariseus, porque ele se assentava à mesa com pecadores. Naquela ocasião, a resposta do Senhor foi clara: “os sãos não necessitam de médicos...” (Lc 5.31). Na verdade, ele veio buscar e salvar aquele que se havia perdido (Lc 19.10).
O papel do médico é apresentar curado o que fora enfermo. Isso é o que Jesus Cristo fez por nós.
Num belo trecho da Epístola a Timóteo, o apóstolo diz: “E dou graças ao que me tem confortado, a Cristo Jesus, Senhor nosso, porque me teve por fiel, pondo-me no ministério, a mim que antes fui blasfemo e perseguidor e opressor, mas alcancei misericórdia, porque o fiz ignorantemente, na incredulidade.” (1Tm 1.12-13). Nos versículos 15-16, diz: “Esta é uma palavra fiel e digna de toda aceitação: que Cristo Jesus veio ao mundo, para salvar os pecadores, dos quais eu sou o principal. Mas, para isso, alcancei misericórdia, para que em mim, que sou o principal, Jesus mostrasse toda a sua longanimidade, para exemplo dos que hão de crer nele para a vida eterna”.
A ACUSAÇÃO CONTRA UM IRMÃO DESMERECE A MISERICÓRDIA DO SENHOR
Os cristãos têm de cor, e usam com frequência, expressões em que empregam palavras como: amor, bondade, longanimidade etc.; muitos, porém, estão longe da boa prática disso. Aqueles que se propõem a buscar e a desnudar aquilo que possam julgar errado na vida de outrem, contrariam a Palavra de Deus, a qual ensina que se deve tirar a venda dos próprios olhos, antes que se veja o cisco no olho alheio. Sabe quem disse isso? O próprio Senhor Jesus: “Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho e, então, cuidarás de tirar o argueiro do olho do teu irmão” (Mt 7.5).
O apóstolo João coloca a todos como pecadores. Ora, sendo todo homem sujeito a pecar, não lhe é dado o direito de anunciar aos ventos o possível pecado alheio. Quem assim procede passa a incorrer em pecado mais grave, porque desmerece a graça e a misericórdia do Senhor para com todos (Tt 2). Além disso, se o tal pecador pediu ao Senhor o perdão dos pecados outrora cometidos, o sangue de Jesus Cristo já o limpou, completamente, de todo pecado.
Conclusão
Fica registrado nestas linhas o perigo para aqueles que se habituam como acusadores dos servos do Senhor.
Tal procedimento, tão comum entre crentes desatentos, leva-os a um mau caminho, pois, bem se sabe que do diabo procede a prática difamatória.
Que ninguém se engane, pensando que defende a pureza do evangelho, ao denegrir a obra de Cristo na vida alheia.
Acautelemo-nos disso!
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