Caso 38.
Forma indevida: Quero que você viaje, independente da autorização do chefe.
Forma adequada: Quero que você viaje, independentemente da autorização do chefe.
Comentário:
A palavra independente é um adjetivo, expressa uma noção de autonomia; por isso, só é usada para indicar a característica de alguém ou de alguma coisa. Exemplo: José é um homem independente. Por sua vez, a palavra independentemente é um advérbio de modo. Indica que um processo se realizará sem impedimento algum. Exemplo: Viajarei, independentemente de sua objeção.
Caso 39.
Forma indevida: A reunião proporcionou alguns momentos prazeirosos.
Forma adequada: A reunião proporcionou alguns momentos prazerosos.
Comentário:
O adjetivo prazeroso é derivado do substantivo prazer. Sua formação se dá por meio de emprego do sufixo adjetival (formador de adjetivos) -oso. Assim, tem-se: prazer + oso = prazeroso. Não há razão para se incluir esse "i" tão comum na linguagem descuidada.
Caso 40.
Forma indevida: O conhecimento quer tenho veio-me através dos livros!
Forma adequada: O conhecimento que tenho veio-me por meio dos livros.
Comentário:
É comum às pessoas o emprego da preposição através, para dar ideia de que algo se fez por meio (ou por influência de). A palavra através expressa a noção do meio translúcido; por exemplo: Vejo as árvores através da janela entreaberta.
Ora, dessa forma, não posso conseguir nada através de uma pessoa, já que pessoas não são de vidro, não são translúcidas!
Caso 41.
Forma inadequada: Ela tem dificuldade para aprender as explicações.
Forma adequada: Ela tem dificuldade para apreender as explicações.
Comentário:
Todo falante tem o dever de pronunciar bem as palavras, o que, de modo geral, não acontece. Normalmente as pessoas "engolem" a pronúncia dos "l", dos "r", ou dos "s" finais. Então, em vez de "animal" dizem "animá" etc. Há também a mania (ou despreparo) de "crasear" (fundir) vogais vizinhas. Por isso, em lugar de "compreender" dizem "comprender"; "coperar", em vez de "cooperar". No caso aqui abordado, a supressão da vogal e constitui mais de um erro, pelo fato de se representar uma outra palavra (aprender no lugar de apreender). Note-se que aprender significa tornar-se apto para executar algo; mas, apreender significa captar, entender. Ora, uma explicação não se aprende: apreende-se!
Caso 42.
Forma indevida: Venha aqui, bem perto de mim: - Quero te ver amanhã neste mesmo lugar.
Forma adequada: Venha aqui, bem perto de mim: - Quero te rever amanhã neste mesmo lugar.
Comentário:
Ora, se eu chamei a pessoa para bem perto de mim, está claro que eu a vejo nesse momento. Logo, não devo dizer que quero vê-la; mas, revê-la. Certo? Ei! cuidado com o excesso de falar coloquial. É normal, mas emburrece!
Meu Deus, que lingua difícil! Irmão Tavares, se você for corrigir minhas postagens estarei frito!
ResponderExcluirUm abraço!
Luciano
Amado Prof. Tavares, a paz do Senhor. Continue nos ajudando com dicas de tamanha importância.
ResponderExcluirUm forte abraço,
Washington