“Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente na angústia, pelo que não temeremos...”
(Sl 46: 1)
Temor é a sensação de impotência diante de algo que nos aparece como grande problema ou perigo invencível. O homem — principalmente em nossos dias — vive em constante temor, porque está sempre ameaçado pelas terríveis ondas da existência pecaminosa. Entretanto, aqueles que se colocam sob a divina proteção, pois reconhecem a própria fragilidade, veem o temor desaparecer diante das maravilhosas promessas do Senhor.
Nosso Senhor Jesus Cristo pôs nos corações dos que o amam um sentimento de coragem e ousadia nas mais difíceis provas. Ele mesmo, quando se vestiu da condição humana, foi corajoso e ousado, ao enfrentar ataques pelos quais nenhum homem jamais passou. Na presença do Príncipe das Trevas, derrotou-o com a força da Palavra de Deus (Mt 4: 1-11). Na iminência da crucificação, não abriu a sua boca, mas suportou o sacrifício (Is 53: 7). Ele foi o grande exemplo de destemor, pois sabia que Deus era o seu refúgio e sua fortaleza.
Ele nos deixou esta instrução: “E digo-vos, amigos meus, não temais os que matam o corpo e depois não têm mais o que fazer. Mas eu vos mostrarei a quem devais temer: temei aquele que depois de matar, tem poder para lançar no inferno; sim, digo-vos, a esse temei” (Lc 12: 4-5).
Para o verdadeiro cristão o temor é descartável, porque há em nós uma companhia maravilhosa: “... eis que estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. Amém!” (Mt 28: 20).
É interessante notar que o verbo dessa afirmação não está indicando um fato futuro (estarei); não se trata, também, de uma possibilidade remota; não há pausa entre a promessa e a realização dela; Há, sim, um fato presente e contínuo (estou), reforçado por uma expressão de forte garantia: “eis que”.
Diante de tal afirmação o temor não pode, evidentemente, ter força. Em nós deve prevalecer a coragem e a ousadia de Cristo.
Devemos continuar, como Igreja do Senhor, o combate à fúria do inimigo de nossas almas, o qual brama “como” leão, buscando a quem possa tragar. Estamos atendendo a uma suprema vocação. “Portanto, irmãos, procurai fazer cada vez mais firme a vossa vocação e eleição; porque, fazendo isso, nunca jamais tropeçareis” (2 Pe 1: 10).
A vitória do crente está assegurada pela coragem e ousadia de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Amém!
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