DIAS DIFÍCEIS PARA OS CRENTES SINCEROS

Deus sabe como são difíceis estes dias. Eles se tornam pesados; fazem o coração bater ansioso a cada instante em que o crente — aquele desejoso da retidão — estende os olhos sobre a seara do Mestre e vê a quantidade de homens voltados para o seu próprio ventre (Rm 16: 18).
Esta geração está cheia de homens que se põem adversos à Palavra de Deus, não porque seus discursos a contradigam; mas, porque discursam persuasivos sobre a Verdade, valendo-se dela para os mais indevassáveis e inconfessáveis interesses; por isso, a distorcem a seu bel-prazer, arrastando atrás de si grande quantidade de incautos e despreparados, vítimas inescapáveis de suas intenções.
Essas atitudes abomináveis vêm causando grande dano ao verdadeiro Evangelho de Cristo; vêm gerando incredulidade nos corações desejosos de salvação e dureza na alma daqueles cuja fé não esteja integralmente firmada no Senhor Jesus. E são tantas essas almas!
Há lideranças que se dizem “escolhidas por Deus” apresentando em público suas desonrosas batalhas, caracterizando um comportamento totalmente dissonante das Escrituras. Têm-se visto disputas por cargos, posições privilegiadas, espaços geográficos e até por almas, da maneira mais inaceitável possível. A mídia tem sido palco de acusações mútuas, numa demonstração de desprezo (não de conhecimento) por aquilo que o apóstolo Paulo ensinou em I Coríntios, 6: 1-3: “Ousa algum de vós, tendo algum negócio contra outro, ir a juízo perante os injustos e não perante os santos? Não sabeis vós que os santos hão de julgar o mundo? Ora, se o mundo deve ser julgado por vós, sois, porventura, indignos de julgar as coisas mínimas? Não sabeis vós que havemos de julgar os anjos? Quanto mais as coisas pertencentes a esta vida?"
Os programas que chegam ao público pelas redes de televisão, em sua maioria, não estão levando a mensagem salvadora da cruz aos homens que estão perdidos nas trevas do pecado; estão a serviço do interesse pessoal de seus líderes. Uns, à moda dos políticos partidários, geram brigas e discussões de forma explícita — ou nem tão implícita assim — porque defendem um espaço que pretendem seu. Outros praticam descaradamente a conhecida “pesca em aquário”. O interesse desta época é mostrar número expressivo de correligionários.
A propagação do evangelho está sofrendo à medida que se intensificam os interesses pessoais de alguns pastores, bispos, missionários, apóstolos e tantas outras “categorias ministeriais”. Há, sim, salvação contínua de almas, porque a operação do Espírito Santo não está no nível dessa gente pecaminosa. Há homens e mulheres sem cargos eclesiásticos terrenos que têm a identidade de ganhadores de almas dada pelo Céu.
É necessário que a Igreja militante desperte para essas ocorrências e se ponha em oração, para que o Senhor Jesus, o Senhor da Seara, por sua misericórdia propicie tempos de integração, de trabalho conjunto, de amor pela Igreja. Que os que homens deliberadamente corruptos sejam impedidos de prosseguirem em seus intentos maléficos do aproveitamento escuso do Evangelho.